Comentário: FC Porto desperdiça vantagem e empata em Guimarães

A nove jornadas do fim, os portistas estão agora a nove pontos do Benfica e a quatro do Sporting, segundo classificado. Foi o quarto jogo consecutivo sem vencer do FC Porto depois dos empates na Liga Europa, que, ainda assim, valeram a qualificação para os oitavos de final da prova, e da derrota caseira com o Estoril, na última jornada.

A equipa de Paulo Fonseca esteve a vencer por 2-0, golos de Ricardo Quaresma (18 minutos), de grande penalidade, e Licá (41), mas o Vitória de Guimarães chegaria ao empate, por Maazou (45+1) e Marco Matias (52), e podiam mesmo ter chegado ao triunfo já na parte final, mas o remate de Nii Plange foi ao poste e a recarga de Tomané foi defendida por Danilo em cima da linha de golo.

Malonga e André André foram as novidades no "onze" vitoriano, enquanto que nos portistas o destaque foi para a titularidade de Ghilas e Licá, com Jackson e Varela a começarem o jogo no banco.

O FC Porto entrou mais forte e podia ter causado "danos" mais cedo através de dois perigosos contra-ataques.

O Vitória tinha dificuldade em ter a bola e seria o FC Porto a inaugurar o marcador, por Ricardo Quaresma, na conversão de uma grande penalidade, que puniu uma falta tão evidente como escusada de Douglas sobre Carlos Eduardo (18).

Dois minutos depois, os portistas estiveram perto de dilatar o marcador, por Ghilas, que, depois de ganhar o lance a Paulo Oliveira, rematou à barra.

Sempre que imprimia mais velocidade, e perante um meio-campo vitoriano muito macio, o FC Porto criava perigo e, aos 24 minutos, depois de centro de Carlos Eduardo, Ghilas, já na pequena área, falhou de forma incrível, de cabeça, o segundo golo.

O Vitória respondeu com um lance semelhante: centro de Crivellaro e Maazou a surgir nas costas de Abdoulaye e a cabecear ao lado (29).

Aos 35 minutos, o banco do Vitória de Guimarães ficou a pedir mão de Abdoulaye, que aconteceu, o que lhe poderia ter valido o segundo cartão amarelo e respetivo vermelho, mas o árbitro Marco Ferreira nem falta assinalou.

O segundo tento do FC Porto chegou aos 41 minutos: o centro da direita de Danilo apanhou a defesa vitoriana mal posicionada, com Pedro Correia a saltar com Carlos Eduardo e Ghilas.

A bola sobrou para o ponta-de-lança argelino, que, já no chão, ainda conseguiu rematar para defesa de Douglas, mas Licá fez a recarga vitoriosa.

Contudo, no último lance antes do intervalo, o Vitória reduziu, por Maazou, que desviou à boca da baliza um remate de Moreno após canto de Crivellaro (45+1).

O Vitória chegou ao empate aos 52 minutos, com Marco Matias a aproveitar da melhor maneira um grande passe de Maazou e a paragem dos centrais do FC Porto, desferindo um remate forte e rasteiro à entrada da área, sem hipóteses para Helton.

Paulo Fonseca mexeu na equipa, que, a partir dos 71 minutos, passou a jogar com uma frente de ataque composta por Quaresma, Varela, Ghilas e Jackson Martinez. O FC Porto conseguiu empurrar o Vitória para o seu último reduto, mas sem criar reais ocasiões de golo, com exceção de um remate de Ghilas, em excelente posição, mas que saiu muito ao lado (67).

Rui Vitória respondeu com a entrada de Nii Plange, Leonel Olímpio e Tomané e, aproveitando alguma fadiga dos portistas na fase final, foi por muito pouco que não consumou a reviravolta no marcador: Nii Plange rematou ao poste após um grande passas de André André e Tomané só não fez golo porque Danilo cortou em cima da linha de baliza (87).