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OCDE defende combate mais eficaz à corrupção no desporto

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) defende uma clarificação do estatuto jurídico das federações desportivas internacionais, de modo a combater eficazmente eventuais casos de corrupção.

OCDE defende combate mais eficaz à corrupção no desporto

"As federações internacionais são ao mesmo tempo o problema principal e uma parte da solução", sustentou Nicola Bonucci, o diretor para as questões jurídicas da OCDE, durante uma mesa redonda realizada hoje em Paris.

Nicola Bonucci defendeu que as federações "encontram-se numa zona cinzenta, do ponto de vista jurídico, não sendo nem ONG (Organizações Não Governamentais) nem instâncias internacionais e não se submetendo, deste modo, a qualquer regra de transparência".

"Vamos ter de enfrentar muita oposição", admitiu o diretor jurídico da OCDE, ao evocar "a fábula dessa organizações supostamente não lucrativas, mas que na realidade ganham montes de dinheiro".

Mark Pieth, presidente da comissão para as questões de governança da FIFA, reconheceu igualmente que "há muitas contradições ao nível da jurisdição", argumentando que "uma avaliação adequada pode permitir pôr em práticas verdadeiras sanções, quando a punição máxima se resume atualmente à irradiação de toda a atividade ligada ao Desporto" para os membros das federações declarados culpados de casos de corrupção.

"Para perseguir eficazmente os faltosos, o ideal seria termos redes nacionais a colaborar entre si, mais do que uma instância supranacional, utópica neste momento", declarou.

A OCDE defende, em resumo, a "emergência de um sistema de prevenção e deteção dotado de meios para realizar inquéritos e aplicar sanções".

O diretor da Transparência Internacional, Cobus de Swardt, lembrou que "o combate à corrupção em torno dos grandes eventos desportivos não pode estar separado da luta em prol dos direitos do Homem e do trabalho, ambiente e dos restantes problemas locais".

"A solução não pode tardar e a OCDE tem um papel importante a desempenhar. A OCDE não pode trabalhar sozinha, é por isso que se torna necessária uma ação coordenada", insistiu Nicola Bonucci, para quem "são necessárias pressões internas e externas sobre as federações".

A corrupção pode atingir diferentes níveis nos eventos desportiv0s (bilhetes, merchandising, patrocínios, fabricantes de equipamentos e de sítios), pelo que a OCDE propõe que seja facilitado o intercâmbio de experiências entre antigos e futuros organizadores.

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