O Benfica qualificou-se hoje "nas calmas" para as meias-finais da Liga Europa de futebol, ao vencer os holandeses do AZ Alkmaar por 2-0, num jogo que valeu pelo bom entendimento e produtividade da dupla Salvio/Rodrigo.
Esta partida confirmou o enorme fosso, já patente na primeira mão, que existe entre o Benfica e o AZ Alkmaar, sétimo classificado da Liga holandesa, razão pela qual os “encarnados”, que traziam a vantagem de um golo da Holanda, se limitaram a geri-la, sem nunca necessitar de colocar muita intensidade.
De resto, não fora as acelerações e os desequilíbrios provocados por Salvio e Rodrigo, os únicos que encararam o jogo sempre "a doer", e teria sido uma monotonia total, perante um adversário frágil, incapaz de incomodar seriamente a defesa benfiquista ou de criar uma oportunidade de golo.
A história do jogo resume-se ao controlo que o Benfica exerceu, da posse de bola e dos tempos de jogo, mas a equipa só teve profundidade quando Salvio e Rodrigo "metiam o turbo" e abriam brechas na organização defensiva da equipa holandesa, cuja postura expectante também contribuiu para o adormecimento da partida.
Aos 17 minutos, Salvio, cuja forma cresce de jogo para jogo, deu o aviso, numa mudança de velocidade, em que driblou vários adversários e criou uma situação de grande apuro para a defesa holandesa, mas, aos 39, teve um arrancada esplêndida do meio campo até à linha para oferecer o primeiro golo a Rodrigo, ao segundo poste.
Aos 32 e 38 minutos, tinha sido o mesmo Rodrigo, com mais dois "esticões", a oferecer por duas vezes o golo a Cardozo, mas o paraguaio voltou a estar numa noite infeliz, a confirmar a crise de confiança que o assola.
Ainda antes do intervalo, aos 44 minutos, Salvio arrancou um pontapé do "meio da rua", a obrigar o guarda-redes do AZ Alkmaar, Esteban, a uma grande defesa.
Na segunda parte, o cariz da partida não se alterou, com o Benfica a controlar os tempos de jogo, num ritmo médio/baixo, e o AZ Alkmaar a mostrar-se totalmente impotente para ameaçar sequer o empate.
Salvio ainda desperdiçou, aos 84 minutos, o 3-0, na cara de Esteban, que saiu de entre os postes, e Cardozo fez o mesmo aos 88, após uma assistência para golo de Enzo Perez.
Jorge Jesus aproveitou na segunda parte para dar minutos aos titulares Enzo Pérez e Markovic, mas há que dizer que houve jogadores que não aproveitaram a oportunidade para mostrarem serviço ao treinador, em particular André Gomes e Sulejmani.
O médio português, cujo passe foi comprado por um fundo por 15 milhões, tem sido utilizado na Liga Europa, mas voltou a dececionar, incapaz de dinamizar o jogo a meio campo, chegando mesmo a suscitar assobios da bancada.
Quanto a Suljemani, passou literalmente ao lado do jogo, transmitindo uma imagem de pouco empenhamento no mesmo e de franca desinspiração, até que foi rendido por Markovic, aos 70 minutos.
Uma palavra para a defesa “encarnada”, que teve uma boa quota-parte de culpa na fragilidade que o ataque holandês transmitiu, pela eficácia do quarteto, em particular dos centrais Luisão e Garay, que dominaram todo o jogo rasteiro e aéreo.
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