O treinador português André Villas-Boas, do Zenit de São Petersburgo, afirmou hoje estar mais focado em ganhar a liga russa de futebol do que aprender a língua local, em entrevista ao sítio oficial do clube.
“O russo não é fácil. Veremos como corre. Só penso em como ganhar a liga russa. Quero tentar aprender a língua, também, mas a prioridade é conseguir resultados em campo”, disse o técnico.
André Villas-Boas, que conversou duas horas com o redator da rubrica Nosso Zenit, na antiga propriedade do pintor russo Ilya Repin, falou de toda a sua carreira, desde a infância até à atualidade: a liderança do campeonato da Rússia, que considera “um dos mais fortes da Europa”.
“É a oitava liga europeia, mas pode melhorar e há muito a fazer”, disse Villas-Boas, que acredita que “os clubes russos podem alcançar os mesmos sucessos de outrora”, pois existe “potencial económico e bons jogadores”
Questionado sobre o que mais o surpreendeu nesta sua experiência no futebol de leste, disse ser apreciador da “elevada técnica dos jogadores russos”.
“Adoro São Petersburgo e a primeira coisa que farei quando folgar é visitar o museu Hermitage”, confessou Villas-Boas, que explicou de forma simples o sucesso da sua passagem pelo FC Porto, que o entrevistador russo considerou um caso de estudo: “Simples: tive sorte e jogadores incríveis”.
Pelo meio dos pormenores sobre a ida para São Petersburgo, contrariou a ideia de que não era expectável receber um convite do Zenit: “Por que não? É um grande clube, que quer vencer”.
“Fiquei imediatamente interessado. Quero ganhar títulos e aqui tenho essa oportunidade. É verdade que estava à espera de assinar por um qualquer clube apenas no Verão, mas não quis perder esta oportunidade”, afirmou André Villas-Boas.