A secretaria de Estado do Desporto e Juventude (SEDJ) disse hoje que aceita as decisões das câmaras de Lisboa e Porto em abdicarem de formalizar candidaturas ao Euro2020 de futebol, preferindo não tecer mais comentários.
Numa nota enviada à agência Lusa, a SEDJ recordou que “o Governo desde o início deste processo foi muito claro defendendo que a decisão de eventual participação caberia aos Municípios com condições para acolher o evento, no caso, Lisboa e Porto”.
“A decisão de não participação entretanto conhecida decorre por isso da avaliação que cada município entendeu fazer ao caderno de encargos da candidatura. O governo aceita por isso as decisões dos Municípios, não tecendo qualquer comentário sobre as razões das mesmas”, conclui a mesma nota.
Portugal ficou definitivamente fora da organização do Euro2020 de futebol depois da Câmara Municipal de Lisboa ter abdicado terça-feira de formalizar uma candidatura ao evento, que ficará distribuído por 13 países.
A 13 de abril, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, anunciou o desinteresse em acolher a competição por “não ver garantido retorno mínimo para a cidade”.
A fase final do Europeu de futebol de 2020 irá disputar-se de uma forma inédita, já que os jogos vão realizar-se em 13 países pela primeira vez na história do campeonato.
Só três estádios em Portugal tinham capacidade de integrar esta organização: Luz e Alvalade, em Lisboa, e o Dragão, no Porto, todos com capacidade superior a 50.000 lugares, o limite definido pela UEFA para jogos da fase de grupos, oitavos e quartos de final.
As regras exigem para as meias-finais e para a final estádios com lotação superior a 70.000 lugares, o que afastava desde logo Portugal dessas três partidas.
A data limite para entregar junto da UEFA as candidaturas está fixada para 25 de abril.