LC/Final: Mais vale tarde do que nunca para Tiago

Já com o estatuto de veterano, o médio luso está a viver aquela que é, talvez, a melhor temporada de uma já longa carreira e um ciclo de sucessos dos “colchoneros”, que se iniciou há dois anos, com a conquista da Liga Europa, continuou com a Taça do Rei, no ano seguinte, e foi há dias reforçada com o título espanhol.

Quarenta anos depois da sua última e única presença na final, o Atlético Madrid tem nova possibilidade de levantar pela primeira vez o troféu da “Champions”, assim como Tiago, que, apesar de ter passado por alguns dos maiores clubes europeus, nunca tinha conseguido marcar presença naquele que é o maior e o mais esperado embate da temporada a nível de clubes.

No emblema espanhol, Tiago passou de suplente utilizado para uma pedra fundamental no meio campo dos “colchoneros”, tendo mesmo sido nomeado vice-capitão de equipa, a seguir ao espanhol Gabi.

Mesmo já com idade “avançada”, o Atlético Madrid pondera, de acordo com a imprensa espanhola, renovar contrato com o português.

O futebolista de Viana do Castelo foi mesmo campeão em quase todos os clubes em passou, menos no Sporting de Braga, em que completou a sua formação, no Benfica e na Juventus. No currículo, tem títulos em Inglaterra, com o Chelsea, em França, com o Lyon, e agora em Espanha, com o Atlético Madrid.

Conhecido por ter cara de “miúdo”, Tiago começou a dar os primeiros passos no futebol de alto nível quando, com apenas 18 anos, foi lançado pelo técnico Manuel Cajuda no Sporting de Braga, em 1999.

Em 2001, já estava no Benfica e, em pouco tempo, ganhou importância na equipa “encarnada”, cotando-se como um médio goleador nas três temporada que passou no clube da Luz, com destaque para os 13 golos no “nacional” 2002/03. Mesmo assim, apenas levantou uma Taça de Portugal, em 2004.

Confesso adepto do médio português, José Mourinho levou Tiago para o Chelsea na época seguinte, naquela que terá sido talvez a fase menos produtiva da sua carreira, acabando por ficar muitas vezes excluído das escolhas do técnico luso.

Seguiram-se duas épocas em Lyon, na fase “dourada” do clube francês, e um passagem de três anos pela Juventus, numa altura em que a “vecchia signora” tinha regressado à Serie A, depois de ter sido relegado devido a um caso de corrupção.

Ingressou no Atlético Madrid em 2009 por empréstimo dos italianos, e nunca mais regressou a Turim, somando este ano a quinta temporada com a camisola do emblema espanhol.

Apesar de estar há mais uma década a atuar a mais alto nível, Tiago retirou-se da seleção portuguesa com alguma surpresa, em 2010, com apenas 29 anos, depois de ter somado 58 internacionalizações “AA”.