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Mesmo sem a habitual velocidade e espontaneidade, Cristiano Ronaldo foi figura no triunfo do Real Madrid na final da Liga dos Campeões de futebol, ao confirmar a vitória sobre o Atlético (4-1), após prolongamento.
No Estádio da Luz, o avançado português fez o seu 17.º golo na prova, este de grande penalidade, aos 120 minutos, o quarto do Real Madrid no jogo, mas, antes, foi determinante num papel menos habitual, o de defesa.
Com o empate 1-1 no marcador, aos 110 minutos, Ronaldo fez um "sprint" para ajudar o setor recuado da sua equipa, cortou um lance de possível perigo do Atlético Madrid e lançou o ataque que culminou no golo de Gareth Bale.
Tal foi o esforço nesse lance, que Cristiano Ronaldo nem teve forças para ir festejar o tento do galês.
Com uma ligadura azul na perna esquerda, o capitão da seleção portuguesa esteve longe das suas melhores exibições, mas, mesmo assim, teve importância grande nos principais lances ofensivos dos "merengues".
No total, em 120 minutos de jogo, Cristiano Ronaldo marcou um golo, fez oito remates e obrigou o guarda-redes Courtois a aplicar-se duas vezes. Também esteve em duas jogadas de perigo que Bale acabou por não aproveitar.
Na primeira parte, o número "7" do Real Madrid passou praticamente ao lado do jogo, mostrando-se muito "amarrado" à defensiva do Atlético Madrid, tendo apenas protagonizado uma das suas habituais arrancadas, aos 24 minutos.
O jogador português pegou na bola ainda a meio-campo, aproximou-se da área do Atlético Madrid e passou a bola a Benzema, que acabou por perde-la para um defesa adversário.
Primeiro na esquerda e depois na direita, Cristiano Ronaldo, que tocou pela primeira vez na bola aos três minutos de jogo, só tentou rematar à baliza uma única vez, aos 28 minutos, num livre direto que saiu fraco e à figura do guarda-redes Courtois.
Nem mesmo depois do golo do Atlético Madrid, marcado por Godin, aos 36 minutos, o avançado do Real Madrid conseguiu entrar mais em jogo até ao intervalo.
Na segunda parte, Ronaldo apareceu bem mais ativo na frente, tendo participado em grande parte das jogadas de perigo da sua equipa.
Em apenas um minuto (55) tentou três vezes alvejar a baliza do Atlético, primeiro outra vez de livre, desta vez obrigando Courtois a defesa complicada, e depois na sequência de cantos, tendo falhado por pouco o alvo.
Pouco depois, aos 59, tirou um centro "venenoso" da esquerda, que o apagado Benzema não aproveitou, e, aos 75, somou o seu quinto remate na partida, desta vez com a bola a passar longe da baliza.
Ainda antes do golo do Real, marcado por Sergio Ramos já nos descontos, Cristiano Ronaldo combinou bem com Gareth Bale, acabando o galês por perder uma excelente oportunidade para o Real Madrid.
Já no prolongamento, tentou novo "tiro" à baliza, aos 97 minutos, mas acabou por escorregar na altura de acertar na bola e, aos 101, teve nova oportunidade de livre, acabando o remate por embater na barreira.
Não foi determinante na frente, acabou por ser determinante atrás. Aos 110 minutos, "sprintou" até à sua defesa para impedir possível ataque perigoso do Atlético, recuperou a bola e deu início ao lance que acabou por ser determinante nesta final, o segundo golo do Real Madrid, marcado por Bale.
Depois de Marcelo ter aumentado a contagem, numa altura em que os jogadores "colchoneros" já estavam de rastos, Ronaldo ganhou uma grande penalidade e converteu-a, fechado da melhor forma a conquista da décima Liga dos Campeões do Real Madrid.
