LC/Final: Real viu, finalmente, a Luz da 10.ª, uma duzia de anos depois

Três golos no prolongamento, de Bale, Marcelo e Cristiano Ronaldo, selaram o triunfo dos “merengues”, salvos aos 90+3 minutos por Sergio Ramos, depois de Godin ter adiantado o Atlético de Madrid, aos 36.

A obsessão da 10.ª teve, assim, um ponto final em Lisboa, 12 anos e nove dias após o triunfo por 2-1 sobre o Bayer Leverkusen, a 15 de maio de 2002, selado com um “golão” do francês Zinedine Zidane, no Hampden Park, em Glasgow.

Depois desse triunfo, o Real Madrid não tinha conseguido, sequer, chegar a final, o que conseguiu, finalmente, na presente temporada, depois de, a eliminar, deixar pelo caminho os alemães de Schalke 04, Borussia Dortmund e Bayern Munique.

Antes da presente temporada, em que foi comandado pelo italiano Carlos Ancelotti, o Real Madrid somou deceções atrás de deceções, sendo que, em 2002/03, como detentor do troféu, ainda chegou às meias-finais, caindo perante a Juventus.

Na época seguinte, com Carlos Queiroz ao comando, os “merengues” tombaram de forma surpreendente nos “quartos”, frente ao AS Mónaco, que dominaram por completo em casa, vencendo por 4-2, para, depois, caírem no principado (1-3).

Começou, então, a “maldição” dos “oitavos”, fase em que o Real Madrid caiu seis vezes consecutivas: Juventus (2004/05), Arsenal (2005/06), Bayern Munique (2006/07), AS Roma (2007/08), Liverpool (2008/09) e Lyon (2009/10) foram, sucessivamente, os “carrascos” dos madrilenos.

Chegou, então, o técnico português José Mourinho e voltou, com mais força, a ilusão da 10.ª, que, no entanto, não passou disso mesmo, pois o atual líder do Chelsea somou três eliminações seguidas na antecâmara da final.

A primeira aconteceu em 2010/11 e o culpado foi o argentino Lionel Messi, que “bisou” no Bernabéu (2-0), depois de uma expulsão de Pepe ainda hoje atravessada na “garganta” de “Mou”. Em Nou Camp, o FC Barcelona passou com 1-1.

Em 2011/12, um desaire por 2-1 no reduto do Bayern Munique, na primeira mão, não comprometeu e um “bis” de Cristiano Ronaldo a abrir a segunda colocou a final muito perto, mas os bávaros reduziram e, depois, venceram na “lotaria” (3-1).

Na época passada, a tarefa parecia menos complicada, face ao Borussia Dortmund, mas, na Alemanha, na primeira mão, um “póquer” de Lewandowski tudo mudou (1-4). Em casa, os “merengues” ainda chegaram a 2-0, mas não deu para mais.

Agora, com Ancelotti, o Real Madrid conseguiu mesmo somar o 10.º título de campeão europeu, num percurso em que teve com grande “estrela” o português Cristiano Ronaldo, que, mesmo longe do seu melhor, apontou hoje o seu 17.º tento na prova.