Comentário: Drogba entra em cena e Costa do Marfim 'vira' Japão

Wilfried Bony, aos 64 minutos, e Gervinho, aos 66, selaram, de cabeça, os tentos dos marfinenses, ambos depois de cruzamentos milimétricos de Serge Aurier, num jogo que começou melhor para os nipónicos, com Keisuke Honda a marcar logo aos 16.

A cumprir a terceira presença consecutiva, a formação desta vez comandada por Sabri Lamocuchi deu, assim, um passo importante para marcar presença, pela primeira vez, nos “oitavos”, mais distantes para os nipónicos, que os conseguiram em 2002 e 2010.

Na próxima ronda do agrupamento, marcada para quinta-feira, a equipa africana defronta a Colômbia, que sábado venceu a Grécia, de Fernando Santos, por claros 3-0.

A Costa do Marfim começou a tentar impor o seu jogo, ganhou os primeiros cantos e fez os primeiros remates, mas, aos 16 minutos, o Japão marcou na primeira investida, por Honda, com um potente remate de pé esquerdo, depois de um lançamento lateral.

Os africanos acusaram o golo e os nipónicos quase aproveitaram para ampliar a vantagem, aos 21 minutos, primeiro num remate forte de Uchida e depois num centro/remate de Honda. Em ambas as situações, o guarda-redes Batty respondeu bem.

A partir do meio da primeira parte, a Costa do Marfim voltou, porém, ao comando, e ensaiou várias vezes a igualdade, em livres de Yaya Touré (24 minutos) e Boka (31), que voltou a tentar aos 35 e 45 e, aos 43, assistiu Kalou para este cabecear muito mal.

Pelo meio, aos 36 minutos, Honda voltou a assustar, valendo, desta vez, a intervenção de Bamba.

A segunda parte começou movimentado, dos dois lados do campo, mas o jogo só “despertou” verdadeiramente quando, aos 62 minutos, Sabri Lamouchi colocou em campo Drogba.

A presença do veterano jogador, de 36 anos, teve um efeito imediato, pois, quatro minutos volvidos, o resultado estava invertido, graças a cabeceamentos de Boni (64 minutos) e Gervinho (66), ambos servidos milimetricamente por Aurier, da direita.

Os dois golos quase seguidos mudaram o encontro, com a Costa do Marfim a assumir o comando e o Japão a mostrar uma total incapacidade para dar a volta.

Até final, foram sempre os marfinenses que estiveram mais perto de marcar, nomeadamente por Didier Drogba, aos 82 e 85 minutos.