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Mundial-2014: Portugueses orgulhosos de receber seleção em Campinas

A Casa de Portugal de Campinas festeja este mês as tradicionais festas juninas, este ano ainda mais especiais por Portugal ter escolhido a cidade brasileira como quartel-general no Mundial2014 de futebol, com os lusos esperançados numa boa campanha.

Mundial-2014: Portugueses orgulhosos de receber seleção em Campinas

"Depende muito do primeiro jogo. Esperamos que vá até ao final. Acho que está com bons jogadores, apesar da turma dizer que não. Pode chegar na final, estamos aí para ver quem é o melhor", disse Adelino Ponte, presidente da Casa de Portugal.

Ao som de gaitas de foles e de um rancho folclórico e com sardinhas, pastéis de bacalhau, chouriço, alheiras e pastéis de nata na mesa, os portugueses, luso-descendentes e muitos brasileiros, festejam durante este mês os Santos Populares em Campinas, com o sonho bem vivo.

"Quando a seleção chega num país, ela está sob o comando da FIFA e tudo é muito difícil e complicado, mas, se tivermos a oportunidade de termos alguém aqui, nós vamos receber de braços abertos. Ainda vou conversar com alguém da Federação para ver se alguém podia vir aqui, que seria uma honra e um orgulho", referiu Adelino Ponte, que prometeu bacalhau para receber a comitiva lusa.

De acordo com o presidente da Casa de Portugal, "quando foi decidido que a seleção ia ficar em Campinas, ficou toda a gente contente, a perguntar como era a seleção, como ia ser, foi um entusiasmo muito grande".

"Quando chegou à seleção, eu fui convidado para estar a recebê-los. Houve um projeto do vice-prefeito, para fazer uma estátua para homenagear o Eusébio. Mas depois houve críticas, a dizer, amanhã o Maradona vai querer igual, onde se viu gastar dinheiro numa estátua. Isso foi descartado. Aí decidiram fazer uma bola, com o nome dos jogadores, que foi inaugurada no hotel. Estava no hotel, o Cristiano Ronaldo cumprimentou-me e consegui o autógrafo do Pepe", lembrou.

Na segunda-feira, a Casa de Portugal vai abrir e terá um ecrã para mostrar o Alemanha-Portugal, que marca a estreia da equipa das "quinas" no Mundial2014, estando já prometido "bacalhau, arroz, bolinho de bacalhau".

"Esperamos que haja uma alegria muito grande, quer dizer que Portugal está a vencer, mas se empatar está muito bom já", disse Adelino Ponte.

António Rodrigues, que, a partir da década de 80, ajudou a reconstruir o atual edifício da Casa de Portugal, disse ter "fé" na seleção portuguesa, embora não deva ver o jogo com os outros portugueses, porque prefere a tranquilidade da sua habitação.

"Na final talvez não, mas acho que vai fazer uma boa estadia aqui no Brasil", referiu o antigo dirigente, que gostaria que a seleção viesse à Casa de Portugal: "Os meus netos gostariam de conhecer o Crsitiano Ronaldo, mas de que jeito?".

Francisco Teixeira, um habitual visitante da Casa de Portugal, considera "que seria uma honra para a casa de Portugal e para todos os portugueses" que a seleção visitasse a Casa de Portugal.

"Ótima escolha, porque a cidade fica conhecida no Mundo inteiro. Campinas merece, é uma cidade muito bonita, que cresceu muito e acho que foi uma boa escolha. Temos um hotel de seis estrelas", referiu.

Admitindo que os campinenses estão muito satisfeitos com a presença de Portugal, o madeirense não percebe como uma ilha tão pequena pode dar um jogador como Cristiano Ronaldo.

"Isso é o que eu penso todos os dias, como é que uma ilha da Madeira, tão pequena, consegue o melhor jogador do Mundo? Não dá para entender, mas foi da ilha da Madeira que saiu o melhor jogador do Mundo", afirmou, acrescentando que o seu sonho era ver um Portugal - Brasil no Maracanã, na final.

O padre Vítor Filho, filho de portugueses, diz que herdou "um jeito próprio de ser" dos lusos e que tenta cultivar em si "a cultura, a originalidade do ser português", garantindo que Deus não é brasileiro: "Deus é de todos".

"Rezaria pelo Brasil, mas também vou estando torcendo por Portugal. Mas se jogar contra o Brasil, terá de ser pelo Brasil, como bom brasileiro", admitiu, em jeito de brincadeira.

Sobre as manifestações populares no Brasil, Vítor Filho admite que a Copa do Mundo "despertou no povo um sentido crítico do que precisa de ser criado no Brasil: melhores condições de saúde, de higiene, de trabalho, renda social".

Confira aqui tudo sobre a competição.

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