Comentário: Argentina e Messi entram a ganhar

Messi, que só tinha marcado um golo em Mundiais, há precisamente oito anos, num 6-0 à Sérvia e Montenegro, faturou aos 65 minutos, depois de, aos três, ter apontado o livre que o “leão” Rojo desviou para Kolasinac marcar na baliza errada.

Já perto do final, aos 84 minutos, os bósnios ainda reduziram, pelo suplente Vedad Ibisevic, dando origem a uns minutos finais de emoção, com o jogo “partido” e muito aberto, que quase redundou em mais golos, mas dos sul-americanos.

A Argentina justificou o triunfo pelo que fez na segunda parte, depois de uma primeira metade “perdida” num esquema tático – mais um 5-3-2 do que um 3-5-2 – que “bloqueou” o jogo ofensivo da equipa, sem grandes vantagens defensivas.

O jogo começou, praticamente, com o golo da Argentina, logo aos três minutos, por Kolasinac, que marcou na própria baliza, depois de um livre na esquerda de Messi e um primeiro desvio de cabeça de Rojo.

Tão cedo em vantagem, os argentinos assumiram o comando do encontro, controlando-o quase sempre defensivamente, mas não evitando um susto, quando Hajrovic ganhou as costas dos três centrais. Valeu o mau controlo do bósnio e saída de Romero.

A Argentina só voltou a assustar num “tiro” de Mascherano, detido a punhos por Begovic, enquanto Romero respondeu muito bem a um cabeceamento de Lulic, isto por entre uma sucessão de passes falhados e um futebol muito desinteressante.

Insatisfeito, naturalmente, Sabella prescindiu dos três centrais e voltou ao “4-3-3”, com Higuain (saiu Maxi Rodriguez) ao lado de Aguero, com Messi nas costas, e Gago (em vez de Campagnaro) num meio campo com Mascherano e Di Maria.

As alterações mudaram, para melhor, a Argentina, que surgiu mais solta e desinibida, à sua imagem, mas, também dando mais espaço, aproveitado inicialmente pelos bósnios, ainda assim com dois remates inofensivos de Hajrovic.

Os sul-americanos estavam, porém, mais fortes e começaram a criar perigo no seu futebol de tabelas e passes curtos, acabando por marcar aos 65 minutos, por Messi, que tabelou com Higuain e colocou a bola junto ao poste direito.

Com dois golos de desvantagem, Susic lançou Ibisevic, Visca e ainda Medunjanin e a Bósnia-Herzegovina arriscou, mas, dando muito espaço atrás, o que foi originando sucessivas oportunidades dos argentinos, com mais ou menos perigo.

Mas, aos 84 minutos, Lulic logrou isolar Ibisevic, que colocou a bola entre as pernas de Romero e relançou o encontro, obrigando Sabella a colocar Biglia no lugar de Aguero.

O encontro ficou “partido”, mas foi a Argentina que esteve mais perto de voltar a marcar, nomeadamente por Messi, que quase “bisou” nos descontos.