A Bélgica só precisou hoje de jogar cinco minutos para bater a Rússia (1-0) e, no regresso a um Mundial de futebol, 12 anos depois, selar a qualificação para os oitavos de final.
No Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, um golo do “miúdo” Divock Origi, aos 88 minutos, depois de uma primorosa jogada de Eden Hazard, selou o triunfo dos “diabos vermelhos”, que só “começaram” a jogar aos 84.
Depois de quase todo o jogo na expetativa, a Bélgica despertou com um livre ao “ferro” de Kevin Mirallas, nomeadamente Hazard, que fez três “enormes” jogadas quase consecutivas, só descansando depois do golo de Origi.
O jovem avançado dos franceses do Lille, de 19 anos, cumpriu apenas a quarta internacionalização – segunda no Brasil – e só foi chamada para o Mundial2014 devido à grave lesão sofrida apor Christian Benteke, que seria o avançado titular.
Foi, em resumo, uma vitória feliz dos belgas, frente a uma Rússia que dominou o jogo, aparentemente, durante mais tempo, mas não foi capaz de aproveitar as poucas oportunidades que teve para marcar, nomeadamente por Kokorin, aos 44 minutos.
Os russos, que vão jogar quinta-feira um lugar nos “oitavos” com a Argélia, podem ainda queixar-se do alemão Felix Brych, o árbitro da final da última Liga Europa, que, aos 26 minutos, não viu uma grande penalidade na área belga.
Em relação à estreia, Wilmots trocou três peças, colocando Vermaelen e os marcadores dos golos Fellainie e Mertens nos lugares de Vertonghen, Dembelé e Chadli, enquanto Capello tirou Eschenko e Zhirkov e apostou em Kozlov e Kanunnikov.
A Bélgica começou melhor, com mais bola, mais ofensiva, mas foi a Rússia a efetuar o primeiro remate enquadrado, por intermédio de Faizulin, mas Courtois respondeu bem.
Depois, apareceu Mertens, que passava sempre como queria por Kombarov e ia criando perigo junto da baliza russa, mas os belgas só voltaram a rematar aos 26 minutos, um chuto, na área, de Alderweireld em Kanunnikov, que Brych não viu.
Os “diabos vermelhos” não conseguiam colocar à prova Akinfeev e, do outro lado, a Rússia criou a melhor oportunidade aos 44 minutos, com Kokorin a responder com um cabeceamento desastrado a um centro perfeito de Glushakov.
A segunda metade começou muito “morna”, com a Rússia a querer mais e a Bélgica muito na expetativa. Esta fase arrastou-se quase até final, sem remates às balizas.
O mais perto de uma jogada de perigo aconteceu apenas aos 81 minutos, com um remate de Eschenko, que havia substituído Kozlov, ao lado do poste direito.
O jogo acabou, no entanto, por mudar a partir dos 84 minutos, quando, na transformação de um livre direto, Mirallas, última aposte de Wilmots, atirou ao poste direito.
O barulho da bola no “ferro” da baliza de Akinfeev terá “acordado” os belgas, nomeadamente Hazard, que criou muito perigo em três jogadas consecutivas: à terceira, centrou atrasado para o remate colocado de Origi.
Com 88 minutos disputados, a Bélgica tinha na mão o “passaporte” para os “oitavos” e já não o deixou “voar”, sendo que, até final, ainda construiu mais uma ocasião para marcar, após uma jogada entre Hazard e Mirallas.