Declarações após o jogo Camarões-Brasil (1-4), da terceira jornada do Grupo A do Mundial2014 de futebol, disputado na segunda-feira em Brasília.
Volker Finke (selecionador dos Camarões): "Contra o Brasil, fizemos uma primeira parte que não foi má, mas faltou concentração para os 90 minutos. Houve golos que não eram 'necessários', quando perdemos a bola. Houve coisas que não foram más, mas o Brasil merece a vitória, isso é claro, teve a maioria de ocasiões. Creio que contra a Croácia já foi a mesma coisa. Fizemos um jogo respeitável, mas só na primeira parte, não fizemos 90 minutos.
Hoje, foi um pouco a mesma coisa. Não é o nosso melhor jogo, mas algo que não é mau não chega no Mundial. Há que ver as realidades como são.
Tenho o meu contrato, faço o meu trabalho. Os Camarões falharam por duas vezes a CAN [Taça de África das Nações], qualificámo-nos para o Mundial, mas agora estamos dececionados. Fomos incapazes de ganhar um jogo, é grave, magoa, temos de nos concentrar na próxima CAN em Marrocos. É difícil fazer um balanço no final deste jogo, temos de nos acalmar e ver isso mais tarde".
Luiz Felipe Scolari (selecionador do Brasil): "Se tivesse de escolher um adversário para os oitavos de final, não era o Chile. Escolhia outra seleção se pudesse. O Chile, como todas as equipas sul-americanas, é muito difícil. Tem malícia e tem muita qualidade.
Estou satisfeito pelo jogo contra os Camarões, mas admito que a equipa tem altos e baixos, que considero normais depois de ter disputado as três primeiras partidas.
Gostei da equipa. Melhorou o passe, melhoraram as marcações, mas falta pressão no meio-campo. Já estivemos melhor contra os Camarões.
Na eliminação direta não se pode errar mais e o Brasil deve melhorar rapidamente para não ser surpreendido. A partir de agora estão todas ao mesmo nível.
Dependemos de Neymar assim como a Argentina depende de Lionel Messi. Há jogadores que são muito diferentes e são referência em uma e outra seleções. Neymar vale pela qualidade individual, mas também por ser participativo".
Neymar (jogador do Brasil, eleito o melhor do jogo): "O jogo contra o Chile nos oitavos de final vai ser muito complicado, pois já não há equipas fáceis no Mundial. Quando se vê o Mundial vê-se muitas equipas e nunca se diz que é uma equipa fraca, a mais fraca do torneio. Todos correm, o futebol é cada vez mais duro e os adversários mais fortes.
Mais importante que a minha exibição foi a atuação do conjunto. Quero ajudar, não só com golos. Estamos confiantes depois deste jogo, que foi o nosso melhor jogo. O resultado mostra que fizemos um bom jogo, voltamos a pressionar e podemos felicitar-nos pelo jogo.
Pressão? Não há pressão quando realizas um sonho. Estou a viver o que procurava desde pequeno, a realizar o que quis fazer na vida".
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