Comentário: Mats Hümmels e Manuel Neuer colocam Alemanha nas 'meias'

Hümmels foi um “gigante” a defender, anulando quase tudo o que Karim Benzema tentou fazer, e ainda teve tempo para marcar o golo do apuramento, logo aos 13 minutos, enquanto o guarda-redes do Bayern Munique defendeu tudo o que o central do Borússia de Dortmund deixou passar.

Os germânicos, que estão nas meias-finais pela quarta edição consecutiva e no “top 4” da história da competição pela 13.ª vez, em 18 presenças, foram, no entanto, muito mais do que dois jogadores, voltaram a mostrar um conjunto de enorme qualidade, exímio a controlar os jogos.

Se os gauleses tiveram oportunidades para marcar, fizeram-no espaçadamente e sempre em “sofrimento”, sendo que, quando arriscaram, tornaram os alemães muito mais perigosos: o 2-0 pareceu sempre mais perto do que o 1-1.

Em relação aos “oitavos”, Sakho e Griezmann foram repescados para o “onze” gaulês, em vez de Koscielny e Giroud, enquanto Löw fez regressar Hummels e Khedira e estrear Klose, “despromovendo” Mustafi, Mertesacker e Götze.

O encontro começou equilibrado, com a França a criar as primeiras situações de perigo, num remate de Benzema, aos sete minutos, e num centro da esquerda de Griezmann, aos 11, anulado por um corte precioso de Mats Hummels.

Dois minutos depois, o “omnipresente” central do Borússia de Dortmund subiu à área contrária e voltou a ser protagonista, ao inaugurar o marcador, com um cabeceamento certeiro, depois de derrotar Varane nos ares, na sequência de um livre de Kroos.

A Alemanha colocou-se em vantagem e assumiu o comando do encontro, controlando a posse de bola, com a França incapaz de esboçar qualquer tipo de reação.

Os gauleses “reapareceram” aos 34 minutos, mas Neuer negou o golo a Valbuena e, na recarga, Benzema viu o empate ser-lhe negado por Hummels, que, aos 42, voltou a estar no sítio certo, depois de um cabeceamento do avançado do Real Madrid. O “10” ainda tentou aos 44, para defesa tranquila de Neuer.

Após o intervalo, o “onze” de Deschamps entrou a mostrar vontade de empatar, mas, em termos práticos, não conseguiu mais do que um cabeceamento de Varane, já aos 60 minutos, que Neuer deteve. E foi dando mais espaço aos alemães.

Para aproveitar os espaços que os franceses davam, agora mais adiantados, Löw trocou Klose por Schürrle, aos 69 minutos, enquanto Deschamps só mexeu aos 73, tirando o médio Cabaye e juntando Remy a Benzema.

A alteração notou-se logo, mas do outro lado do campo, com remates perigosos de Müller e Schürrle.

Aos 76 minutos, Benzema voltou a ganhar espaço na área, ultrapassou Lahm e pensou que ia marcar, mas, uma vez mais, apareceu Hummels. Na sequência da jogada, Matuidi ainda teve uma oportunidade, mas esbarrou em Neuer.

Para criar problemas aos germânicos, a França tinha que arriscar muito e, aos 82 minutos, Schürrle esteve muito perto do segundo, mas Lloris defendeu com as pernas, depois de um centro de Özil desperdiçado por Müller.

Já com Giroud ao lado de Benzema e Remy, o jogador do Chelsea voltou a estar quase a marcar aos 88 minutos, mas o encontro quase foi para prolongamento aos 90+4, com Benzema a tabelar com Remy e a rematar forte. Um “quase” chamado Neuer.