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I Liga 14/15: Benfica desfalcado, perante o mesmo Sporting e outro FC Porto

Dominador absoluto da época transata, com o pleno nacional, o Benfica arranca para a I Liga de futebol 2014/15 muito desfalcado e acossado pelos eternos rivais, um FC Porto revolucionado e um Sporting idêntico.

I Liga 14/15: Benfica desfalcado, perante o mesmo Sporting e outro FC Porto

A equipa vencedora do campeonato, Taça de Portugal e Taça da Liga e finalista da Liga Europa manteve o “timoneiro” Jorge Jesus, mas, verdadeiramente, já não existe, pois perdeu quase todas as “estrelas”, nomeadamente Oblak, Garay, Siqueira, Markovic e Rodrigo.

Cardozo, o melhor marcador estrangeiro da história do clube, e o emergente André Gomes juntaram-se às baixas, mas o cenário ainda pode assumir proporções “catastróficas”, para os “encarnados”, se ainda partirem Enzo Perez e Gaitan.

Caso segure os dois argentinos e ainda cheguem os reforços que Jesus já “exigiu”, o Benfica, como mostrou na Supertaça, tem potencial para defender o título e lutar por um “bis” que não consegue desde 1983/84, a primeira “era” Eriksson, mas se isso não acontecer, este cenário complica-se muito.

Mesmo no melhor cenário, os “encarnados” terão, por certo, uma oposição mais forte do que na época transata, tanto por parte do “vice” Sporting como do FC Porto, que foi desolador em 2013/14, ficando-se por um invulgar terceiro lugar.

A formação “leonina” contratou alguns jogadores, mas mais numa perspetiva de quantidade, já que o seu grande trunfo é a manutenção da quase totalidade dos jogadores que conduziram a equipa ao segundo posto, após o mísero sétimo de 2012/13.

A grande alteração passa pela troca no comando técnico, com o promissor Marco Silva, brilhante nas últimas três épocas ao comando do Estoril-Praia, a ser o eleito para fazer face à partida de Leonardo Jardim para o milionário AS Mónaco.

Eric Dier, que saiu para o Tottenham, é a única baixa importante, mas Rojo e Slimani estão a tornar-se um grande problema, já que, após terem brilhado no Mundial, também querem deixar Alvalade, o que não agrada a Bruno de Carvalho.

Depois do segundo lugar da época passada, o Sporting já se assumiu como candidato ao título, um cetro que não conquistou nos últimos 12 anos – o derradeiro data de 2001/02, quando o brasileiro Mário Jardel marcou 42 golos.

Quanto ao FC Porto, são mínimos os pontos de contacto com 2013/14: depois da falhada aposta em Paulo Fonseca, substituído a meio da época pelo interino Luís Castro, os “dragões” apostaram tudo no espanhol Julen Lopetegui.

O ex-selecionador de Espanha de sub-21 chegou com “carta branca” para revolucionar e, ainda a mais de 15 dias do fecho do mercado, já foi buscar oito jogadores, só entre espanhóis e da Liga espanhola, alguns por empréstimo aos “grandes”, transformando o clube numa espécie de “Spanish Porto”.

No “onze base”, e em relação à temporada transata, deverão manter-se, e para já, os laterais Danilo e Alex Sandro, o extremo Ricardo Quaresma, chegado no inverno, e o goleador Jackson Martinez, isto se não aparecer um “tubarão” que o leve.

As novidades estão, assim, em maioria: chegaram Andrés Fernández, Opare, Martins Indi, Marcano, José Angel, Casemiro, Evandro, Brahimi, Óliver, Sami, Tello e Adrian Lopez, sendo que não há lugar para todos.

O objetivo dos portistas é claro e passa por não somar uma segunda época consecutiva sem festejar o título, algo que já não acontece desde 2000/01, quando somou o segundo de três anos seguidos sem conquistar o campeonato.

Quanto ao título, os candidatos esgotam-se nos três “grandes”, enquanto o Sporting de Braga “aponta” aos quatro primeiros e o Nacional e o Marítimo são, como sempre, assumidos pretendentes aos lugares europeus.

Com a ajuda de Jorge Mendes, os “arsenalistas” apresentam “armas” bem caras, como o brasileiro Wallace, que custou quase 10 milhões de euros, ao serviço de Sérgio Conceição, o técnico que António Salvador foi buscar à Académica.

No que respeita às equipas insulares, o Nacional perdeu algumas peças importantes, mas continua bem liderado, por Manuel Machado, enquanto o Marítimo, também muito mudado, apostou em Leonel Pontos, ex-adjunto de Paulo Bento.

O restante pelotão já assumiu que apenas pretende a manutenção, quando mais depressa melhor, incluindo o Estoril-Praia, agora de José Couceiro, e o regressado Boavista, de volta pela mesma via administrativa que o havia despromovido, após a época 2007/08.

O Moreirense e o Penafiel, os dois primeiros da II Liga 2013/14, são as outras novidades no campeonato principal, que só perdeu o Olhanense e volta a ser composto por 18 clubes, o que acontece pela 17.ª vez e primeira desde 2005/06.

A prova arranca sexta-feira e termina a 24 de maio, data prevista para a 34.ª e última jornada.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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