Comentário: Rio Ave sem argumentos para contrariar experiente Dínamo Kiev

A formação de leste mostrou ser de “outro campeonato” em relação aos argumentos da equipa portuguesa, que não disfarçou dificuldades, sobretudo na primeira parte, para travar as individualidades da turma de Kiev, que aos 25 minutos já tinha apontado dois golos.

A disputar pela primeira vez na sua história esta fase da competição, o Rio Ave entrou com ansiedade no jogo, não apresentando um futebol coerente e embrulhando-se em iniciativas individuais inconsequentes.

Acabou por não surpreender que os ucranianos, mais experientes, tomassem conta das operações, e, exercendo um claro domínio do meio campo, começaram a esboçar as primeiras ameaças.

Cássio, em duas vezes, teve de se aplicar a fundo para suster remates de Vida, mas já nada pôde fazer quando, à passagem do minuto 20, Yarmolenko atirou de longe.

Cinco minutos depois, lance quase tirado a papel químico, com Dínamo de Kiev, de novo, a aproveitar os espaços na zona central, para, deste feita, lançar Belhanda, que com novo remate de longe ampliou a vantagem dos forasteiros.

Só após os dois golos sofridos, o Rio Ave conseguiu esboçar uma reação e libertar-se um pouco do nervosismo que se apoderou da equipa durante a primeira parte.

Ainda assim, a melhor oportunidade dos vila-condenses foi um remate de Diego Lopes, às malhas laterais, quando estava em boa posição para fazer melhor.

O intervalo acabou por fazer bem aos comandados de Pedro Martins, que entraram para etapa complementar com uma postura mais desinibida e, ao beneficiarem do vento pelas costas, causaram alguns calafrios para os ucranianos.

Tarantini, aos 54 minutos, e Ukra, as 64, falharam o alvo por pouco, com remates por cima, provando que a formação vila-condense ainda poderia discutir ao resultado.

Mas, quando a reação dos locais estava em curso, e já com português Miguel Veloso em campo, uma jogada e remate de Belhanda, complementada com uma recarga de Kravets, resultaram no 3-0 para a equipa de leste, no que foi a estocada final nos vila-condenses.

Os pupilos de Pedro Martins ainda tentaram uma reação avulso, mas já com pouco discernimento e argumentos para, pelo menos, apontarem o golo de honra.