Comentário: Arouca quebra invenciblidade do Rio Ave no campeonato

A formação de Arouca fez da eficácia a sua maior arma, marcando em momentos decisivos do jogo e aguentando, depois, quase toda a segunda parte em inferioridade numérica, depois da expulsão de David Simão, aos 52 minutos.

Os locais até entraram melhor na partida, exercendo, desde cedo, uma pressão sobre o adversário e criando as primeiras oportunidades de golo.

Diego Lopes, aos sete minutos, e Tiago Pinto, aos 15, protagonizaram dois remates plenos de oportunidade, que mereceram boas defesas do guardião Goicoechea.

Com o maior pendor ofensivo dos vila-condenses, e uma menor vocação atacante do Arouca, acabou por surpreender o primeiro golo do jogo, para os visitantes, ainda antes do quarto de hora.

Nildo teve uma boa arrancada pela ala esquerda e, beneficiando de uma atrapalhação do central do Rio Ave Marcelo, surgiu frente a Cássio, para com tranquilidade atirar a contar.

Com o tento sofrido, o Rio Ave desestabilizou-se um pouco e demorou a recuperar o fôlego para tentar inverter a desvantagem.

Diego Lopes, com um remate ao poste, esteve perto de o conseguir, mas a maior perdida foi esboçada por Tarantini, que, isolado, permitiu a mancha a Goicoechea, que ia se afirmando como uma das figuras do jogo.

O Arouca conseguia segurar as investidas dos vila-condenses, mas não se ficava por aí. Os comandados de Pedro Emanuel exploravam rápidos contra-ataques para tentar surpreender o adversário e, já depois dos 30 minutos, Artur, numa dessas investidas, esteve perto do segundo.

O regresso do descanso trouxe emoção, com dois golos e uma expulsão em menos de 10 minutos.

Os vila-condenses, já com o holandês Marvin, que se estreou, e Pedro Moreira na equipa, responderam de pronto à desvantagem, com o empate assinado de cabeça por Tarantini, na sequência de um canto, aos 48 minutos.

No entanto, os festejos dos adeptos da casa não durariam mais de três minutos, pois, praticamente na jogada seguinte, David Simão, com um remate fantástico de longe, devolveu a vantagem ao Arouca.

O médio da equipa do distrito de Aveiro passaria, no entanto, do "céu ao inferno" num minuto, acabando por ver o segundo amarelo na investida seguinte do Rio Ave, deixando os forasteiros em inferioridade numérica.

O Rio Ave tentou aproveitar essa debilidade do adversário, com uma grande pressão sobre a baliza arouquense, mas a inspiração na finalização não foi uma das qualidades da equipa.

O Arouca aguentou, com sofrimento, as investidas contrárias, e num ou outro contra-ataque ainda ameaçou o terceiro golo, acabando por ser premiado, sobretudo, pela sua coesão até ao final.