loading

Organização: O que nos ensina o futebol alemão?

Em qualquer área da nossa vida se queremos ser bons, temos de ser esforçados, pacientes e aprender com os melhores. O futebol não é exceção, infelizmente por cá teima-se em repetir os mesmos erros e a não querer evoluir. Tirando algumas presenças em fases finais de competições europeias, por parte de alguns clubes, o futebol português continua a ter enormes lacunas. É hora de aprender com quem faz o trabalho de casa direito.

Organização: O que nos ensina o futebol alemão?

Começo por uma pergunta: Custará assim tanto olhar para outros campeonatos, ver outras realidades e tentar fazer igual ao que por lá se faz? Parece que a resposta é sim. Em Portugal o nosso futebol continua a optar por uma certa dose de amadorismo. Um futebol fechado sobre si e que continua a privilegiar a polémica em vez do espetáculo. Basta analisar o que se passou nos últimos meses com a Liga de Clubes.

Olhando para aquilo que foi feito na Alemanha nos últimos anos apercebemo-nos que os atuais campeões do mundo tiveram dirigentes com capacidade para identificar as lacunas do futebol germânico e, mais do que isso, competência para corrigi-las.

O sucesso do Bayern Munique desde a época 2011-12 na Liga dos Campeões foi o início de uma história de sucesso no futebol alemão. Com estádios cheios, a Bundesliga é um dos campeonatos com maior número de espetadores. Para tal é preciso que os adeptos passem por uma autêntica experiência, desde a compra dos bilhetes até a ida para o jogo, incluindo a entrada nos estádios. Chama-se a isso saber rentabilizar o espetáculo.

O campeonato alemão também soube aliciar alguns dos melhores jogadores do planeta e manter as suas principais pérolas (basta analisar a equipa do Bayern Munique). Tudo isto muito contribuiu para uma maior valorização da Bundesliga.

As bases principais para que o futebol alemão crescesse parecem simples, mas foram pensadas e bem estruturadas. Basta analisar estes dois indicadores:

• Aposta nos jovens futebolistas alemães;
• Perceber que uma nationalmannschaft competitiva precisa de clubes e campeonatos fortes.

Ninguém inventou a pólvora, os alemães simplesmente tiveram coragem e vontade para corrigir o que estava mal. Os dirigentes germânicos souberam entender que os jogadores e os treinadores eram os protagonistas e que era sobre eles que o espetáculo se deveria centrar.

É pena que por cá não se copie o que de bom é feito na Alemanha e na Inglaterra no que à organização diz respeito. No futebol, Portugal tem capacidades. Tirando o Bayern Munique e o Borussia Dortmund (e mesmo assim o futebol é fértil em surpresas), os clubes portugueses, e principalmente os três grandes, não têm de ter receio de competir contra as equipas alemãs.

O último Schalke 04-Sporting foi disso exemplo. Onde estamos a léguas é na comunicação, organização e no rigor. É tempo de olhar e aprender com quem está a realizar um bom trabalho. Em jeito de conclusão fica a pergunta: lembram-se do que era o futebol alemão há uns 10 anos atrás?

Este texto é resultado da colaboração semanal entre o Futebol 365 e o blogue marcasdofutebol.wordpress.com. Esta parceria procura analisar o desporto-rei a partir de um ângulo diferente: a comunicação.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Roger Schmidt tem condições para continuar no Benfica?