Primeira Liga: Paços de Ferreira e Estoril empatam no final da jornada

O segundo empate entre Paços e Estoril no estádio Capital do Móvel, em seis encontros para o campeonato, explica-se com as quatro decisivas intervenções de Defendi, ao negar o golo a uma formação "canarinha" que não acusou a jornada europeia, a meio da semana, e soube retirar espaços, reduzindo os lances de perigo junto à sua área, e, em velocidade e organização, ameaçou sempre a baliza contrária.

Rúben Fernandes inaugurou o marcador para os forasteiros aos 49 minutos, de cabeça, após um canto da esquerda, mas Edson Farias, após trabalho individual na área, aos 73, restabeleceu a igualdade, o que permitiu ao Paços de Ferreira manter o sétimo lugar, com 19 pontos, enquanto o Estoril-Praia ascendeu ao 11.º lugar, com 11.

Na formação pacense, Paulo Fonseca repetiu o "onze" que empatou (1-1) em Alvalade, frente ao Sporting, na 10.ª jornada, enquanto, no Estoril, o técnico José Couceiro alinhou com Kléber no lugar de Babanco, comparativamente ao empate caseiro (2-2) diante do FC Porto.

Em campo num 4-3-3, com Tozé a ser a unidade móvel da equipa, aparecendo nos espaços livres e criando desequilíbrios, o Estoril, que esteve sempre mais perto do golo, podia ter inaugurado o marcado no primeiro minuto, mas Kuca, que surgiu nas costas de Jaílson, viu Defendi negar-lhe as intenções.

Bem posicionados em campo, com uma dupla "musculada" no "miolo" (Diogo Amado e Anderson Esiti), e três avançados rápidos e bons de bola, os "canarinhos" retiraram espaços aos pacenses, que não conseguiram fazer funcionar o jogo interior, apesar do inconformismo de Seri, e dividiram sempre o jogo.

O Paços, que não repetiu as exibições anteriores mais por mérito do adversário, não conseguia ter quem definisse os lances no último terço e, só a espaços, como aconteceu aos 38 minutos, "rompia" a "teia" montada por Couceiro, quando Sérgio Oliveira descobriu Bruno Moreira, mas o remate de primeira saiu ao lado.

Num jogo equilibrado e intenso, faltavam apenas os golos, algo que Rúben Fernandes esteve perto de conseguir aos 44 minutos, mas Defendi, mais uma vez, levou a melhor no "duelo".

O central do Estoril concretizou a ameaça aos 49 minutos, num canto estudado, cabeceando, solto na área, após centro preciso de Tozé, num golo que dava mais justiça ao resultado.

Os locais acusaram o tento e demoraram a empurrar o Estoril para a sua área, conseguindo-o sobretudo a partir da entrada de Edson Farias, aos 65 minutos, mas o balanceamento ofensivo abria espaços na defesa, que os adversários não souberam aproveitar.

Kléber, por duas vezes, Tozé e Sebá dispuseram de oportunidades flagrantes para marcar e resolver o jogo, mas seriam os locais a chegar à igualdade, num lance individual de Edson Farias na área do Estoril, após passe de Seri, numa das raras vezes em que um jogador pacense conseguiu espaço entre linhas adversárias.

Até ao final, as duas equipas podiam ter marcado, por Kuca e Cícero, que ainda levou a bola ao poste, mas o resultado não sofreria alterações.