Domingos Paciência: «Era um jogo importante para ambas as equipas»

"Tenho consciência de que para ganhar um jogo é preciso fazer mais, ter um caudal ofensivo maior. Mas também tenho consciência de que aqui, frente a esta equipa, isso não é fácil de fazer e vemos isso pelas equipas que já vieram aqui e que têm os mesmos objetivos que nós. Olhando às virtudes do FC Porto, tentámos anulá-las ao máximo e gerir o jogo de forma a protelar um golo. Não jogámos com bloco baixo, mas como bloco médio, a tentar limitar os espaços. A partir do golo, o jogo passa a ser outro.

Na segunda parte, a nossa equipa tentou ter mais bola e tentar fazer um golo, mas estava difícil. Depois, quanto ao que aconteceu na parte final, não havia necessidade. São dois golos muito consentidos, uma expulsão muito consentida e um resultado exagerado em função do que foi o caudal ofensivo do FC Porto. Depois, é a eterna questão: Será que, na área contrária, o árbitro assinalaria aquele penálti? E conseguir ver aquele pé do François a colocar o Jackson em jogo... São situações duvidosas.

(sobre se o Vitória de Setúbal acabou por sofrer as consequências da derrota dos portistas com o Benfica) O FC Porto, a jogar em casa, é sempre forte. Era um jogo importante para ambas as equipas. Depois do último jogo, é evidente que o FC Porto tinha de encurtar a distância para o primeiro classificado. Acho que a derrota é justa, mas não por estes números.

O papel do árbitro foi desbloquear o jogo. Ao minuto 26, estávamos a perder 2-0, portanto, tudo se tornou mais fácil para o FC Porto. Para uma equipa que vinha para jogar no erro e aproveitar as ocasiões, claro que tudo se torna diferente. O primeiro penálti é um penálti bem à português, bem sacado pelo Danilo."