Comentário: Sp. Braga arruma Nacional em minutos e 'namora' terceiro lugar

Ao intervalo, os bracarenses perdiam por 1-0, resultado inteiramente justo na altura, mas uma entrada de rompante no período complementar, depois de 45 minutos iniciais muito pobres, resultou em três golos e numa expulsão para os madeirenses, que jogaram com menos uma unidade mais de meia hora.

Ao golo de Tiago Rodrigues, aos 22 minutos, respondeu o Braga com os tentos de Pedro Santos, Ruben Micael e Salvador Agra no espaço de nove minutos (50, 54 e 59), resultado que coloca pressão sobre o terceiro classificado, o Sporting, que dispõe de um ponto de vantagem antes da receção ao Gil Vicente no domingo.

A primeira parte pertenceu ao Nacional com uma exibição muito personalizada, que lhe podia ter dado uma vantagem maior ao intervalo.

Aos 13 minutos, Tiago Rodrigues deixou o aviso com um remate perigoso de fora da área e, pouco depois, marcou mesmo: Lucas João amorteceu a bola após centro de Marçal da esquerda e Tiago Rodrigues rematou em arco, de fora da área, sem hipóteses para Matheus. Um grande golo do médio emprestado pelo FC Porto.

O Braga não conseguia ligar uma jogada com princípio, meio e fim e, insatisfeito com o que via em campo, Sérgio Conceição mexeu na equipa ainda antes do intervalo, tirando o ‘amarelado’ Djavan e colocando Salvador Agra, adaptando Pedro Santos a defesa esquerdo (40).

O Nacional aproveitou para canalizar o seu jogo por aquele lado e esteve perto do segundo golo por Aly Ghazal, de cabeça, após livre de Tiago Rodrigues da direita (40), e por Edgar Abreu, que, em posição privilegiada, rematou muito por cima (42).

Nos últimos instantes da primeira parte, os bracarenses mostraram vontade em dar a volta à situação e confirmaram-no após o intervalo empatando logo aos 50 minutos, num livre direto de Pedro Santos da direita, que passou por todos os jogadores sem que ninguém lhe tocasse.

A reviravolta no marcador consumou-se logo a seguir, por Ruben Micael, na recarga após um primeiro remate de Zé Luís que Rui Silva defendeu para a frente (54).

As coisas ficariam ainda mais difíceis para o Nacional quando o central Rui Correia foi expulso, aos 58 minutos, após derrubar Zé Luís, que se isolava perante o guarda-redes, no lance de que resultou o terceiro golo dos minhotos, marcado por Salvador Agra (59) na conversão irrepreensível de livre direto, a culminar 15 minutos verdadeiramente ‘infernais’ para os madeirenses.

O jogo praticamente acabou aí porque o Nacional não se mostrou capaz de incomodar o último reduto bracarense e os da casa tiraram o pé do ‘acelerador’ e geriram o resultado.