Guardiola diz que vontade não basta e Bayern tem que jogar bem com FC Porto

“Não nos vamos qualificar só por dizermos que queremos, que queremos correr muito, lutar muito. Qualificamo-nos se controlarmos as nossas emoções e jogarmos bem futebol, é a única maneira de passar e que a Allianz Arena nos ajude”, disse o técnico na antevisão da segunda mão dos quartos de final.

O Bayern Munique recebe na terça-feira o FC Porto (19:45), depois de os ‘dragões’ terem vencido o jogo em casa, na última quarta-feira, por 3-1.

Pep Guardiola justificou que a “coragem e o desejo” fazem parte desta competição, evitando referir se o jogo de terça-feira será o mais importante da temporada para o Bayern Munique.

“É importante, mas também para o FC Porto, para a Juventus, para o Mónaco, para o FC Barcelona...”, disse, referindo-se aos outros clubes que disputam os quartos de final da ‘Champions’.

A atitude do FC Porto na primeira mão foi também tema na conferência, com o técnico espanhol a dizer não ter ficado surpreendido: “sabíamos o que faziam, iam fazer pressão alta, e amanhã [terça-feira] vão fazer pressão alta”.

Pep Guardiola falou também da importância dos extremos portistas [Quaresma e Brahimi], nas diagonais em pressão aos centrais e que tinha a noção da possibilidade de Jackson Martinez jogar, revelando que o avançado colombiano teve que ser infiltrado.

“O Jackson infiltrou-se e fez um esforço sobre-humano para jogar", começou por dizer Guardiola.

O espanhol considerou que a situação “não tem nada de mal” e que “qualquer jogador pode infiltrar-se para jogar”, dizendo mesmo que valoriza muito isso, no sentido em que o colombiano fê-lo para poder ajudar a equipa.

Para Guardiola, o FC Porto teve muito mérito e para o Bayern Munique a eliminatória será um desafio a superar, lembrando que no Estádio do Dragão os bávaros tiveram 60 por cento de posse de bola.

Numa época de sérias dificuldades, com lesões de jogadores cruciais, como Alaba, Robben, Ribéry, Schweinsteiger e Javi Martinez, Pep Guardiola considerou nunca ter trabalhado com situações tão difíceis.

“Nunca trabalhei com situações tão complicadas, estamos a um passo de ser campeões da Liga, de estar nas meias-finais da Taça, até agora superámos tudo, não tenho nada a reparar aos jogadores”, referiu, falando no orgulho que sente.

Guardiola disse também que nunca esquecerá esta fase e que os jogadores serão sempre vistos como heróis ao longo da sua carreira, desvalorizando as críticas que recebeu, sobretudo após perder no Dragão e com a demissão do médico do clube.

Para o jogo de terça-feira é provável o regresso de Schweinsteiger, que falhou a primeira mão, mas Guardiola ainda tem dúvidas quanto a Franck Ribéry, revelando que irá consultar a equipa médica, mas o mais certo é que o francês será novamente baixa.