Comentário: Sporting de Braga garante presença na final da Taça de Portugal

Os minhotos, que voltam ao Jamor 17 anos depois, fizeram valer vantagem de 3-0, trazida do primeiro jogo, em Braga, e com um golo de Ederzito, ainda na primeira parte, praticamente esgotaram as possibilidades dos locais na recuperação.

Os vila-condenses ainda conseguiram uma reação no segundo tempo, logrando o empate, por intermédio de Jebor, mas complicaram a sua tarefa, quando Pape Sow foi expulso, aos 76 minutos.

Obrigados a uma entrada forte para tentar, desde cedo, contrariar a desvantagem na eliminatória, os donos do terreno até conseguiram impor alguma velocidade no instante iniciais, tentando descortinar espaços na defesa contrária.

No entanto, apesar do maior atrevimento dos locais, as primeiras oportunidades de perigo surgiam para o Sporting de Braga, que, aproveitando o balanceamento ofensivo contrário, exploravam o contra-ataque para se acercar da baliza da Ederson.

Assim foi logo no primeiro quarto de hora, com Rafa, em duas ocasiões, a testar os reflexos do guardião local, e Pardo, mais tarde, a tentar, também, a sorte de longe.

Do outro lado, a vontade do Rio Ave precipitava o nervosismo e até um futebol algo ‘trapalhão’, com muitos passes falhados e dificuldades evidentes na decisão final.

Acabou, por isso, por não surpreender que o primeiro lance verdadeiramente objetivo construído pelos locais só tenha surgido já depois dos 30 minutos, num cruzamento de Tarantini, que Diego Lopes, frente ao guardião Kritciuk, atirou contra o guarda-redes do Braga.

Já perto do final da primeira parte, os minhotos encontraram a felicidade num lance de azar. Zé Luís teve de ser substituído por lesão, entrando para o seu lugar Ederzito, que em dois minutos em campo se revelou decisivo.

O avançado dos minhotos, aos 43 minutos, e na sequência de um pontapé de canto, aproveitou um lance de confusão na área vila-condense para, assistido por Pardo, encostar para o 1-0 e tornar a tarefa do Rio Ave ainda mais hercúlea.

No entanto, a esperança da equipa da foz do Ave renasceu três minutos após o reatamento, quando Ukra, aposta de Pedro Martins para a segunda parte, cruzou para Jebor, que com um remate enrolado, precipitou que Kritciuk se atrapalhasse e deixasse entrar a bola na sua baliza.

O 1-1 galvanizou o Rio Ave, que passou então a surgir bem mais atrevido nas movimentações ofensivas, aproveitando alguma quebra dos minhotos para criar, em poucos minutos, mais situações de perigo do quem em toda a primeira parte.

O Sporting de Braga, que com mais ou menos coerência, ia sustendo as investidas contrárias, apostava nos contra-ataques para conseguir algo mais, acabou por ver o seu caminho para o Jamor ainda desimpedindo quando Pape Sow, aos 76 minutos foi expulso, após travar Rafa.

Reduzidos a dez os vila-condenses, não atiraram a toalha ao chão, insistiram e ainda viram Del Valle atirar ao poste da baliza do Braga, que, sem muitas dificuldades, controlou o resultado até ao final.