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FIFA: CBF vai investigar contratos e afastar José María Marín

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou na quarta-feira que vai investigar os contratos de administradores anteriores questionados pela Justiça dos Estados Unidos e anunciou o afastamento temporário do atual vice-presidente José María Marín, detido na Suíça.

FIFA: CBF vai investigar contratos e afastar José María Marín

Numa reunião extraordinária celebrada na noite de quarta-feira, a CBF decidiu "afastar o senhor José María Marín do seu cargo diretivo até conclusão definitiva do processo".

De igual modo, a CBF "torna pública a decisão, previamente tomada no início desta gestão, de voltar a analisar todos os contratos ainda vigentes e remanescentes de períodos anteriores", acrescentou, em nota à imprensa.

No entanto, o presidente da CFB, Marco Polo del Nero, afirmou em Zurique que os contratos investigados pela justiça norte-americana, com alegadas ilegalidades, foram assinados pelo ex-presidente Ricardo Teixeira e não por Marín.

"Os contratos foram assinados antes da administração de [José Maria] Marín, e não por ninguém depois", assegurou.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

Além do brasileiro José María Marín, que já foi presidente da CBF, estão acusados dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão.

A FIFA suspendeu provisoriamente 11 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da FIFA, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al-Hussein, da Jordânia.

Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação à atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar.

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