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FIFA: Comunicação social mundial exige a demissão de Joseph Blatter

A comunicação social exige hoje, a uma só voz à escala mundial, a demissão do presidente da FIFA, Joseph Blatter, após a detenção por suspeitas de conspiração e corrupção de nove dirigentes ou ex-dirigentes do organismo.

FIFA: Comunicação social mundial exige a demissão de Joseph Blatter

“Vai embora [Joseph Blatter]” lê-se na imprensa de hoje, que considera que o presidente da FIFA, que concorre a novo mandato, deixou de ter credibilidade para poder continuar à frente do organismo que tutela o futebol mundial.

O diário suíço Le Matin, país onde a FIFA tem a sua sede, diz que Joseph Blatter ‘tem de ir embora’, após a investigação em curso a vários dirigentes, posição secundada pelo Le Temps, que considera ter chegado a altura de pôr um fim à impunidade.

O The Times da África do Sul considera que os últimos desenvolvimentos colocam o Mundial2010, organizado pelo país, sob o foco da suspeita, e o britânico Times considera que a FIFA acabou de receber um “cartão vermelho” e que Joseph Blatter “trouxe o descrédito ao futebol mundial”.

O The Guardian refere o “fedor da corrupção” na FIFA, enquanto o tabloide The Sun aponta o dedo a Joseph Blatter por ter permitido “o desenvolvimento de um cancro no coração de um bonito jogo”.

O jornal alemão Bild pede a Blatter para ir embora e dedica ao presidente da FIFA um artigo em que este é descrito como uma espécie de ‘padrinho’, numa alusão ao filme de Francis Ford Coppola.

Também o francês Liberation segue a mesma temática da temática da máfia para se referir ao processo como “FIFA Nostra”, enquanto o La Repubblica, em Itália, refere que “um sismo de grandes proporções atingiu o organismo e Joseph Blatter”.

“É oficial: o mundo do futebol é um mundo de ladrões”, refere ainda o italiano La Repubblica, enquanto o holandês De Telegraaf titula na sua primeira página, em letras grandes, “FIFA a fraude”.

O jornal sueco Dagens Nyheter refere ser impossível a um presidente de uma federação sobreviver a um escândalo desta dimensão. “Mas Joseph Blatter não é um presidente qualquer e a FIFA não é uma qualquer federação”.

A comunicação social australiana lamenta que a investigação não tenha dado frutos antes da entrega ao Qatar do Mundial2022, competição a que a Austrália também se tinha candidatado.

A investigação desencadeada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos levou a que fossem indiciados nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Joseph Blatter, que dirige o organismo há 17 anos e se propõe continuar por mais quatro, concorrendo sexta-feira à sua reeleição com o príncipe jordano Ali bin al Hussein, não se encontra entre os nomes investigados.

Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão.

A FIFA suspendeu provisoriamente 11 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da FIFA, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al-Hussein, da Jordânia.

Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação à atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar.

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