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Bloco de Notas: Imbula e a obrigação de o FC Porto ser campeão

Contratado por 20 milhões de euros ao Marselha, Gianelli Imbula tornou-se na contratação mais cara de sempre do futebol português. Com este negócio, o FC Porto mostrou duas coisas: que está - ou parece estar - com melhor saúde financeira do que os rivais Benfica e Sporting e que, mais importante, está a tirar todas as cartas da manga para recuperar o título de campeão nacional.

Bloco de Notas: Imbula e a obrigação de o FC Porto ser campeão

No dia anterior, confrontado com a contratação de Imbula, Pinto da Costa referiu não conhecer o jovem francês de origem congolesa. Nesse momento, os mais atentos perceberam que o médio estava contratado e faltariam apenas definir alguns pormenores.

O FC Porto está a apostar forte, disso ninguém tem dúvidas. O bicampeonato do Benfica não estaria nas contas dos azuis e brancos. Pinto da Costa decidiu manter a aposta em Julen Lopetegui e num modelo de jogo associado ao espanhol. Ao mesmo tempo, não existem dúvidas sobre isso, é para manter o investimento elevado na contratação de jogadores, impulsionado pela boa época na Champions League (encaixe superior a 20 milhões de euros), bem como pelas vendas de Casemiro, Jackson Martinez e Danilo.

Imbula é apenas o expoente máximo desta nova política de contratações do FC Porto. Uma política contra a corrente do futebol nacional, cada vez mais fustigado financeiramente. Mas uma política que coloca cada vez mais pressão nas mãos de Lopetegui, que não poderá falhar duas vezes na missão de conquistar a Liga NOS.

Imbula, Danilo Pereira, André André e Alberto Bueno, aos quais se soma a contratação a título definitivo do guarda-redes Raúl Gudiño, são até ao momento os cinco reforços do FC Porto. Reforços que mostram poderio económico, mas que continuam a não preencher todas as lacunas do onze azul e branco.

Na baliza, com o empréstimo de Fabiano ao Fenerbahce, o FC Porto pode ter que apostar num outro guardião para fazer concorrência séria a Helton. Fala-se em Moya (Atlético Madrid). Andrés Fernandez e Gudiño são as alternativas neste momento.

A primeira grande lacuna está no lado direito da defesa. Danilo rumou ao Real Madrid e Ricardo Pereira, apesar de ter realizado um excelente Europeu sub-21, não me parece suficiente. Fala-se em Maxi Pereira. Uma compra que seria a custo zero, mas com um ordenado principesco. Sem falar nos 31 anos do ex-benfiquista e em toda a pressão que lhe será colocada nos ombros ao trocar a Luz pelo Dragão.

Fala-se ainda na possível saída de Alex Sandro, embora o brasileiro e José Angel pareçam suficientes para manter o lado canhoto competitivo se nenhum deles for embora. O eixo defensivo mantém-se intocável. Nada a dizer em relação à defesa menos batida da última edição da Liga NOS.

A saída de Casemiro também estará mais do que colmatada com as chegadas de Danilo e Imbula. Ambos, além de Rubén Neves, podem fazer a posição 6 ou 8. Falta escolher quem ficará onde. Aqui, o problema parece-me ser o excesso de opções. Evandro, Quintero, André André, Carlos Eduardo, Sérgio Oliveira e Herrera farão parte de um lote de nove jogadores a lutar para três lugares, o que parece indicar que nem todos ficarão no plantel.

Com as alas bem preenchidas por Quaresma, Tello, Brahimi, Ricardo Pereira e Hernâni, neste momento falta perceber como Lopetegui abordará a saída de Jackson Martinez. Para mim a grande questão do momento e um aspeto que poderá ser fundamental para o sucesso do FC Porto na próxima época.

A questão é simples: quererá Lopetegui encontrar um novo Jackson ou, pelo contrário, trabalhará num sistema tático sem ponta-de-lança puro? Se mantiver o sistema de jogo da época anterior, então o FC Porto ainda terá que fazer chegar alguém capaz de substituir 'Cha Cha Cha' e contar com uma normal fase de adaptação. Se jogar com um avançado móvel, então tem em Bueno e Adrian excelentes opções.

Com a chegada de Imbula, Pinto da Costa e o FC Porto estão a deixar claro que neste temporada terá que reinar o FC Porto. Dê por onde der. Além disto, o investimento que os azuis e brancos têm feito mostra que se pretende uma nova época com um importante encaixe financeiro na Champions League. Mais do que nunca, ganhar será obrigação no Estádio do Dragão.

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