Comentário: Carlos Martins dá vantagem ao Belenenses sobre o Gotemburgo

Oito anos depois da última aparição na Europa (2007), o Estádio do Restelo voltou a sentir as emoções das noites europeias e logo com uma vitória, construída com um ‘bis' do internacional português (23 e 41 minutos).

No entanto, o tento de Haitam Aleesami (58 minutos) deixa a eliminatória em aberto para a segunda mão, que se realiza a 06 de agosto, na Suécia.

No primeiro jogo oficial da época, o técnico Ricardo Sá Pinto optou por lançar os reforços João Amorim, André Geraldes, Tonel, Rúben Pinto e André Sousa no ‘onze' inicial dos ‘azuis', sendo que a aposta para a frente de ataque recaiu em Abel Camará.

A formação do Restelo entrou de forma convicta no encontro, realizando uma primeira parte de bom nível, sob o ‘comando' do experiente Carlos Martins, que mostrou estar já em bom plano nesta fase da temporada.

O primeiro aviso da partida surgiu dos pés de Miguel Rosa, depois de uma boa incursão ofensiva dos ‘azuis', que iam dominando um adversário tecnicamente limitado e que não oferecia a réplica expetável, tendo em conta que já leva quase quatro meses de competição na Suécia.

Dessa forma, o conjunto lisboeta chegaria mesmo à vantagem, num grande golo de Carlos Martins, que atirou um ‘míssil' de fora da área, não dando quaisquer hipóteses ao guardião nórdico, que via a sua equipa ser pouco incisiva no ataque.

À passagem dos 40 minutos, André Sousa ficou muito perto de aumentar a vantagem do Belenenses, num livre que acabou por ser travado pelo poste, mas, pouco depois, Carlos Martins voltaria a destacar-se dos demais e fazia o segundo da partida, em novo pontapé de fora da área.

Contudo, o intervalo pareceu fazer bem ao IFK Gotemburgo, que entrou na etapa complementar determinado em inverter o fraco desempenho do primeiro tempo e, perto da hora de jogo, conseguiu mesmo reduzir a diferença, por intermédio do lateral Haitam Aleesami.

O tento dos visitantes não fez ‘mossa' no Belenenses, que continuou a tentar explanar o seu futebol, embora já num ritmo mais baixo e de maior contenção, na tentativa de explorar um possível adiantamento dos suecos.

No entanto, mesmo em desvantagem, o IFK Gotemburgo pouco ou nada arriscou na procura da igualdade, certamente ciente de que a eliminatória está apenas no intervalo e que a desvantagem tangencial poderá ser invertida na partida da segunda mão.