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Relatório da UEFA sobre finanças dos clubes aponta assinaláveis progressos

O relatório da UEFA sobre a situação financeira dos clubes europeus em 2014 revela “um decréscimo de 70% nas perdas” no final de exercício, tal como “assinaláveis progressos” desde a introdução do ‘fair play’ financeiro.

Relatório da UEFA sobre finanças dos clubes aponta assinaláveis progressos

“Embora seja necessária cautela, aparentemente os excessos financeiros do futebol europeu reportados em 2010 e 2011 estão potencialmente ultrapassados. A edição deste ano do relatório aponta assinaláveis progressos nos últimos três anos. (...) A capacidade dos clubes para fazer crescer as suas receitas ano após ano tem sido acompanhada por uma recetividade para adotar planos de negócio mais sustentáveis”, pode ler-se no relatório.

A publicação assinala que “a solvência financeira do futebol europeu aumentou significativamente, apresentando um decréscimo de 70 por cento nas perdas no resultado final do exercício”.

A estes resultados somam-se os “benefícios de exploração recorde no ano passado e um acréscimo de 50% na comparação entre ativos e passivos nos primeiros três anos de vigência do ‘fair play’ financeiro”.

“Aparentemente, teremos potencialmente ultrapassado os piores excessos financeiros do futebol europeu de 2010 e 2011”, assinala no preâmbulo o secretário-geral da UEFA, Gianni Infantino.

A análise da situação financeira estima em cerca de 16 mil milhões as receitas dos principais clubes europeus.

Em 2014, destacou a UEFA, os clubes apresentaram “os maiores benefícios de exploração da história: 805 milhões de euros”.

“As perdas recorde das operações subjacentes registadas em 2011 transformaram-se nos maiores benefícios de exploração combinados que os clubes europeus já produziram”, aponta o documento.

Por outro lado, as perdas líquidas no resultado final, após as atividades de financiamento e transferências, “foi reduzida a um terço nos últimos três anos, desde a entrada em vigor do ‘fair play’ financeiro”, situando-se em 2014 em 485 milhões de euros, quando em 2011 era de 1.670 milhões de euros.

Do mesmo modo, o relatório avalia em mais de mil milhões de euros a dívida líquida dos clubes considerados.

“O equilíbrio entre ativos e passivos dos clubes melhorou de forma espetacular, com um aumento de 50 por cento dos ativos líquidos ao longo dos três primeiros anos de aplicação das regras do ´fair play´ financeiro”, pode ler-se no relatório, que analisa os orçamentos e declarações financeiras dos clubes.

O documento elaborado pelo órgão de cúpula do futebol europeu apresenta uma lista dos 20 melhores clubes europeus em diversas áreas em 2014 (receitas da cobertura televisiva, remunerações da UEFA, salários, patrocínios, entre outras).

Nas contas da UEFA, a liga portuguesa foi a 10.ª no que diz respeito à média de salários por clube em 2014, com 12,9 milhões de euros, para um gasto total de 206 milhões em remunerações, sendo uma das que apresenta maiores discrepâncias entre os quatro clubes que pagam mais e os restantes: os primeiros pagam 8,6 vezes mais do que os quatro seguintes e 11,3 vez mais dos que se encontram a partir da nona posição na lista de salários.

Num estudo dominado pelas principais ligas europeias, o Benfica é um dos poucos clubes portugueses apontados, tendo sido 17.º na lista de 20 formações europeias em termos de receitas provenientes da UEFA (22 milhões de euros em 2014, 21 por cento das receitas totais).

O Benfica destacou-se também no plano das receitas com transferências – foi o quinto numa lista liderada pelo Tottenham, com receitas líquidas de 44 milhões de euros em 2014.

Nas contas da UEFA, as receitas comerciais e de patrocinadores representaram no campeonato português em 2014 5,5 milhões de euros, cerca de 30 por cento do total.

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