O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, expressou hoje a sua solidariedade com o povo francês, perante uns ataques terroristas “sem qualquer espécie de justificação lógica ou racional”.
“Hoje foi dia em que o futebol não foi futebol. Hoje foi dia em que jogando, não havia jogo. Hoje foi dia sem golos – os que tivéssemos marcado e os que tivéssemos sofrido. Hoje foi dia em que as claques não cantaram. Hoje foi dia em que a Seleção Nacional se vestiu de azul, branco e vermelho. Hoje foi dia de chorar os mortos. Hoje foi dia de cuidar dos que sobreviveram. Hoje é o dia em que todos somos franceses”, considerou Fernando Gomes.
Numa mensagem que Fernando Gomes diz ser em nome da Federação Portuguesa de Futebol, da Direção, de todos os funcionários e colaboradores da FPF, das seleções nacionais e do futebol português, o líder federativo oferece “ao povo francês, às famílias e amigos das vítimas dos atentados” as “mais profundas e sentidas condolências”. (Corrige a citação do presidente da Federação Portuguesa de Futebol no título).
“Numa altura em que as palavras nunca poderão exprimir o nosso espanto e indignação perante os crimes que reclamaram tantas vidas inocentes, é nossa obrigação e dever associarmo-nos à dor daqueles que perderam, sem qualquer espécie de justificação lógica ou racional, os seus entes mais queridos”, lê-se.
O grupo extremista autodenominado Estado Islâmico reivindicou hoje, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais um português, e 352 feridos, 99 em estado grave.
Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram, segundo fontes policiais francesas.
Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.