Mundial Clubes: Barcelona é o favorito, River Plate o principal 'outsider'

Os argentinos do River Plate, que nunca participaram no Mundial de clubes, mas têm um ‘título’ mundial, face ao triunfo na Taça Intercontinental de 1986, são os principais candidatos ao outro lugar na final de Yokohama.

Para chegarem ao jogo decisivo, os catalães terão de superar Club America (México) ou Guangzhou Evergrande (China), de Luiz Felipe Scolari, enquanto os argentinos jogarão nas meias-finais com TP Mazembe (Congo), Auckland City (Nova Zelândia) ou Sanfrecce Hiroshima (Japão).

Líderes da Liga espanhola e já apurados para os oitavos da ‘Champions’, os catalães, que na presente temporada arrebataram a Supertaça Europeia, procuram repetir os triunfos de 2009 e 2011, que tiveram muito de Lionel Messi.

O argentino decidiu a final de 2009, marcando com o peito o golo da vitória (2-1) face aos compatriotas do Estudiantes, já no prolongamento, e ‘bisou’ na de 2011, no categórico 4-0 ao Santos, de Neymar, sendo considerado o melhor jogador (Bola de Ouro) das duas edições.

Messi chega agora acompanhado do brasileiro Neymar e do uruguaio Luis Suárez, trio que, em 2015, já soma a ‘louca’ quantia de 126 golos só em jogos pelo ‘Barça’, que arrebatou o título europeu, o espanhol e a Taça do Rei em 2014/15.

Caso derrotem o vencedor do Club America-Guangzhou Evergrande, nas meias-finais, a 17 de dezembro, e vençam depois a final, os catalães passam a ser o único clube com três títulos no Mundiais de clubes, deixando para trás os brasileiros do Corinthians (2000 e 2012).

Juntando o historial do Mundial de clubes ao da Taça Intercontinental, que o FC Porto venceu em 1987 e 2004, o ‘Barça’ procura o terceiro lugar do ‘ranking’, os três cetros de Peñarol, Nacional de Montevideu, Boca Juniors, Inter de Milão e Bayern Munique.

Com quatro títulos, seguem os italianos do AC Milan e os espanhóis do Real Madrid, que, em 2014, colocaram a Europa a vencer a América do Sul por 7-4 na prova, ao vencerem na final os argentinos do San Lorenzo por 2-0, com tentos de Sergio Ramos e do galês Gareth Bale.

Além do FC Barcelona, que cumpre a quarta participação – perdeu a final de 2006 por 1-0, face ao Internacional de Porto Alegre -, nenhuma outra equipa presente no Japão venceu a prova, que nunca ‘fugiu’ a Europa ou América do Sul.

Em matéria de presenças, o recordista é, porém, o Auckland City, vencedor da edição 2014/15 da ‘Champions’ asiática, que cumpre a sétima, contra quatro do ‘Barça, três do TP Mazembe, finalista em 2010, e duas de Guangzhou Evergrande e Club America. O River Plate é o único estreante.

A prova arranca quinta-feira, com o anfitrião Sanfrecce Hiroshima e o Auckland City a tentarem marcar encontro com o TP Mazembe nos quartos de final, no domingo. O outro encontro é entre Club América e Guangzhou Evergrande.

A 16 de dezembro, e além do jogo para apurar o quinto classificado, joga-se a primeira meia-final, em Osaka, entre o River Plate e o vencedor do embate entre os congoleses e o vencedor do ‘play-off’ de acesso aos ‘quartos’.

No dia seguinte, entra em ação o representante europeu, o FC Barcelona, que joga o acesso a uma quarta final da prova com os mexicanos ou os comandados do ex-selecionador nacional, que arrebatou a ‘Champions’ da Ásia.

A prova fecha a 20 de dezembro, um domingo, em Yokohama, com a atribuição do bronze e a realização da final, prevista para as 10:30 de Lisboa.