Primeira Liga: União da Madeira - Moreirense (declarações)

Luís Norton de Matos (União da Madeira): "Foi futebol. Tão simples como isso. Foi um jogo que começámos bem, com um golo anulado, que não sei se foi bem ou mal anulado. Pareceu que o Danilo fez o movimento de trás. Dou o benefício da dúvida ao fiscal de linha. Se foi bem anulado não há nada a dizer. Se houve um erro, penalizou-nos muito. Logo a seguir, conseguimos uma excelente ocasião de golo pelo Danilo e depois fizemos o que tem sido mais do mesmo noutros jogos, que nos penaliza muito. Perdemos uma bola de uma forma infantil no meio-campo, pelo Toni Silva que dá o golo e logo a seguir uma outra igual, onde o Rafa faz uma grande defesa. Essas duas ocasiões perturbaram um pouco a equipa, que não revelou maturidade para, jogando em casa, fazer aquilo que treina, que é jogar pelo chão e pelos flancos. Fomos atrás do prejuízo e não tivemos discernimento, para contrariar uma equipa que lutou desesperadamente pelos três pontos. A segunda parte foi praticamente de sentido único, onde tivemos uma grande ocasião pelo Danilo. O Moreirense defendeu com toda a gente atrás. Não tivemos capacidade para virar o jogo e são três pontos que deixamos fugir. Foi o pior resultado que poderíamos esperar.

O Moreirense não me surpreendeu. Foi uma equipa cínica. Fomos vítimas de uma equipa, que é carregada pelo Rafael Martins e pelo Iuri Medeiros, pois têm muita qualidade. Não posso apontar nada aos meus jogadores, mas estamos tristes por este resultado, num jogo que era fundamental, frente a um adversário direto. Era importante, pelo menos, manter a distância.

Cada jogo é uma história e temos que valorizar o que temos, em relação aos jogos da primeira volta, mais um ponto. Sabemos que será uma guerra até final, porque há muitas equipas envolvidas".

Miguel Leal (Moreirense): "Esta segunda volta para nós, tem sido muito melhor que a primeira. Na primeira, por esta altura, só tínhamos um ponto, curiosamente conquistado com o União. É uma vitória muito importante. Não vale só três pontos, vale mais do que isso, porque em questão de igualdade com o União funciona a nosso favor. Foi de facto um jogo muito sofrido, embora as melhores oportunidades pertencessem ao Moreirense. Na primeira parte, tivemos duas ou três oportunidades, que poderiam ter resolvido o jogo, embora sempre contra um adversário que fez tudo para mudar o rumo dos acontecimentos. Soubemos sofrer, embora aqui ou ali poderíamos ter controlado melhor a bola. Acima de tudo, era importante não perder este jogo. Acabámos por ser premiados e estou muito contente com a atitude dos meus jogadores.

Eu continuo a acreditar que os 30 pontos serão suficientes para a manutenção. Temos definida a jornada em que queremos conquistar os 30 pontos, agora, vamos ver se lá chegamos. O caminho faz-se caminhando. Nunca defino onde vamos conquistar pontos. Por vezes ganhamos pontos onde menos se conta e perdemos onde menos se conta também. Importante é no final conseguirmos os objetivos estabelecidos. O caminho vai ser difícil, mas só depende de nós.

Hoje voltámos a ter rigor defensivo. Esta equipa quando tem um ou outro resultado positivo, deslumbra-se e perde o rigor defensivo. Todos os jogos fazemos golos, o problema é sempre defensivo, do ponto de vista coletivo. Hoje estivemos unidos e talvez por isso conquistámos os três pontos. O Rafael hoje jogou muito limitado, mas acabou por decidir o jogo".