Primeira Liga: U. Madeira - Estoril-Praia: Declarações dos dois treinadores

Luís Norton de Matos (União da Madeira): "A nossa equipa começou muito bem, do ponto de vista daquilo que tinha sido a estratégia para este jogo. Marcámos um golo aos três minutos, mas a obrigatoriedade que a equipa sente de ter de pontuar, hoje incapacitou-a para assumir mais o jogo. Faltou essencialmente, ter posse de bola. Isto é um inconsciente coletivo, de ir segurando um resultado. Esperávamos chegar em transições, a um segundo golo. O Estoril é uma equipa muitíssimo mais experiente do que nós, muito traquejada na I liga e essa maturidade competitiva foi-se revelando através de um futebol direto, pois é uma equipa com muito peso e altura e dificultou-nos muito. Toda a segunda parte foi um ‘chuveirinho’, com jogadores muito altos. Mas o nosso problema foi não conseguirmos sair com critério na posse de bola. A atitude dos jogadores foi excecional. Não é um resultado injusto. Não estou satisfeito, mas não podendo ganhar é sempre melhor pontuar".

Fabiano Soares (Estoril-Praia): "Estou insatisfeito pelo empate. O jogo foi só de uma direção. Eles tiveram a fortuna de fazer um golo logo no início. Mandámos no jogo, criando ocasiões atrás de ocasiões, mas infelizmente conseguimos só um golo. Acho que o árbitro condicionou muito os nossos jogadores, porque viemos aqui jogar futebol e toda a bola dividida, eles gritavam muito e o árbitro encheu-nos de cartões. O Estoril hoje só demonstrou futebol e não mostrou agressividade nenhuma. Não sei porquê nos condicionou tanto. O resultado é injusto e vamos tristes, porque merecíamos mais. É sempre ruim levar um golo no início, mas isso não nos condicionou. Mandámos no jogo e controlámos o jogo. Tentámos criar ocasiões para marcar, mas infelizmente não fomos capazes. Eles tiraram duas bolas sobre a linha de golo. É imperdoável levar um golo logo de início, mas isso não nos condicionou".