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FIFA: Cinco candidatos prometem «arrumar» a casa

A FIFA elege na sexta-feira apenas o nono presidente em 112 anos de história, entre cinco candidatos que se propõem reabilitar o organismo regulador do futebol mundial de um escândalo de corrupção sem precedentes.

FIFA: Cinco candidatos prometem «arrumar» a casa

O ítalo-suíço Gianni Infantino, de 45 anos, e o xeque do Bahrein Salman bin Ebrahim al-Khalifa, de 50 anos, são os favoritos à sucessão de Joseph Blatter, de 79 anos, que anunciou a demissão a 02 de junho de 2015, quatro dias após ter sido reeleito para o quinto mandato consecutivo.

O suíço ocupou a presidência da FIFA durante 17 anos, entre 1998 e 2015 – número apenas superado pelo francês Jules Rimet (1921-1954) e o brasileiro João Havelange (1974-1998) -, mas foi empurrado para uma saída pouco recomendável, suspenso por oito anos pelo organismo que liderou durante quase duas décadas.

A contagem das ‘espingardas’ começou pouco depois do anúncio da demissão de Blatter e se Infantino conseguiu reunir o apoio da UEFA, confederação sul-americana e das federações centro-americanas, Ebrahim al-Khalifa tem consigo a confederação asiática, a que preside, e a africana.

Além do secretário-geral da UEFA e do presidente da Confederação Asiática de Futebol, concorrem também ao lugar de cúpula do futebol mundial o príncipe jordano Ali bin al Hussein, derrotado por Blatter nas eleições de maio de 2015, o francês Jérôme Champagne e o empresário sul-africano Tokyo Sexwale.

Pelo caminho ficou a candidatura do francês Michel Platini, que numa fase inicial se perfilava como o ‘sucessor natural’ de Blatter, mas que também acabou suspenso por oito anos pela Comissão de Ética, na sequência do caso do recebimento de 1,8 milhões de euros do presidente demissionário da FIFA.

Como se o caminho até ao ato eleitoral de sexta-feira não tivesse sido já suficientemente atribulado, Ali bin al Hussein adensou o clima de suspeição, ao pedir ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) a sua suspensão, por discordar da forma como se deverá processar a votação.

O príncipe jordano quer que a votação decorra em cabinas transparentes, a fim de evitar que os representantes das 209 federações o possam fazer de forma ‘encomendada’, tirando depois como prova fotografias do boletim de voto.

A recuperação da imagem da FIFA é o principal desafio do futuro presidente, depois da detenção de 39 pessoas – 12 das quais já se declararam culpadas -, entre as quais antigos vice-presidentes e membros do Comité Executivo, sob acusações de corrupção, branqueamento de capitais, fraude e extorsão.

“Uma verdadeira transparência deverá ser a pedra angular da nova FIFA. Só através dela será possível voltar a ganhar o respeito e a credibilidade”, disse Infantino, natural de Brigue, a menos de 10 quilómetros de Viège, terra natal de Joseph Blatter.

Acossado pela justiça suíça e norte-americana, a recuperação da credibilidade não é apenas uma questão de imagem para o organismo regulador do futebol mundial, que em 2015 deverá apresentar um prejuízo de aproximadamente 100 milhões de dólares, apesar de dispor de mais de mil milhões em ‘caixa’.

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