Crónica: Diogo Jota derrota Sp. Braga e relança Paços Ferreira europeu

Com 12 golos no campeonato, Jota marcou pelo terceiro jogo consecutivo e fica assim diretamente ligado ao terceiro triunfo seguido dos pacenses no campeonato, face a um Braga confortável no quarto lugar, mas hoje demasiado apático e muito distante do que já mostrou e é capaz de jogar.

Com a vantagem conseguida na Capital do Móvel, o Paços acentuou o ligeiro ascendente da equipa no histórico de confrontos com os minhotos, agora com oito triunfos contra seis, num total de 18 encontros.

Hélder Lopes e Bruno Moreira, estes dois últimos após castigo, surgiram no ‘onze' do Paços, em substituição de Marco Baixinho, que está lesionado, Paulo Henrique e Cícero, enquanto, no Braga, Ringstad, Boly, Luiz Carlos e Filipe Augusto renderam na equipa inicial Djavan e Rafa, ambos por lesão, Ricardo Ferreira, castigado, e Mauro.

O regresso de Paulo Fonseca a Paços de Ferreira ficou marcado pela superioridade dos locais, sempre mais ligados à corrente, mais objetivos e colocando mais elementos no processo ofensivo.

A subida dos laterais acentuava essa tendência, numa estratégia que o Braga raramente conseguiu contrariar, apesar do esforço de Luiz Carlos e Vukcevic a meio campo.

O Braga acusou a ausência de Rafa e de Pedro Santos, ambos lesionados, e o ataque foi demasiado previsível, com Hassan ‘emparedado' no meio dos centrais contrários, e Stolijkovic longe, bem como o intermitente Josué.

O Paços fez a primeira ameaça aos 14 minutos, num livre de Rodrigo António, ao qual o ex-colega de equipa Marafona, contratado pelo Braga no mercado de janeiro, se opôs bem.

A fluidez nas trocas de bola dos pacenses voltou a assustar Marafona, primeiro por Minhoca, aos 35 minutos, ao chegar atrasado a um centro de Jota, melhor em campo, da esquerda, e depois pelo próprio avançado, de 19 anos e já com contrato assinado com o Atlético de Madrid, de Espanha, num ‘chapéu' intencional, que falhou por pouco a baliza.

Este lance antecipou o único golo do jogo, com Jota a ganhar a bola a meio do meio campo bracarense e a combinar, depois, com Bruno Moreira, à entrada da área, de onde desferiu um remate colocado e sem possibilidade de defesa para Marafona.

A esperada reação do Braga na segunda parte demorou a notar-se, até porque Jorge Simão, bem cedo, lançou Cícero, impedindo um maior adiantamento no terreno dos minhotos, e seria mesmo Marafona, de novo, a brilhar, ao negar o golo a Rodrigo António, Jota e Barnes.

No tudo por tudo, mais com o coração do que com a cabeça, os minhotos ficaram perto do empate, no grande lance de perigo de toda a partida, mas Defendi, com sorte à mistura, defendeu o cabeceamento de um opositor, aos 86 minutos, antes de Wilson Eduardo, já nos descontos, cair na área pacense, num lance que deixou algumas dúvidas.

Com este triunfo, o Paços destacou-se no sétimo lugar, agora com 45 pontos, a três dos desejados 48 e, não menos importante, a um dos ‘europeus' Arouca e Rio Ave, que só jogam no domingo, enquanto o Braga conservou o quarto lugar, com os mesmos 54 pontos, oito de vantagem sobre os diretos perseguidores.