O Benfica venceu hoje o Vitória de Guimarães, por 1-0, em jogo da 32.ª jornada da Primeira Liga, conseguinto um triunfo sofrido, desbloqueado num lance de bola parada e conservado por André Almeida e por Ederson.
Depois de uma primeira parte muito difícil para o bicampeão nacional, que não encontrou soluções para ultrapassar o sistema defensivo do Vitória de Guimarães, entrou para a segunda praticamente a ganhar, aos 47 minutos, graças a um golo de Jardel na sequência de um livre executado por Gaitán.
Num minuto, o Benfica conseguiu o que pareceu sempre distante de alcançar na primeira parte, por mérito da execução de Gaitán e pelo sentido de oportunidade de Jardel, numa das poucas vezes em que a defesa minhota foi apanhada em falso, quando o seu treinador, Sérgio Conceição, já tinha sido expulso do banco (36).
Este golo abriu o jogo, até aí hermético por responsabilidade do Vitória de Guimarães, cuja reação ao golo sofrido foi imediata e assertiva, mostrando que é boa equipa, que sabe jogar em ataque organizado, da qual ninguém diria que não ganha há 12 jornadas no campeonato, somando seis derrotas e outros tantos empates.
O cariz do jogo passou a ser de parada e resposta, jogado nos dois meios-campos, e teve dois momentos de 'suspense', em que o defesa André Almeida e o guarda-redes Ederson evitaram que o Vitória chegasse ao empate.
O primeiro aos 67 minutos, numa falha de Jardel na abordagem à bola, permitindo que esta chegasse aos pés de Hurtado já dentro da área 'encarnada', com André Almeida por duas vezes a evitar o golo, primeiro intercetando o passe para Henrique Dourado, que estava completamente isolado frente a Ederson, e depois a evitar que a bola entrasse na baliza na sequência do remate do mesmo Hurtado, a cujos pés a bola fora parar na sequência do corte do lateral direito benfiquista.
O segundo lance culminante do jogo aconteceu aos 75 minutos, quando Hurtado, mais uma vez, não conseguiu desfeitear o guarda-redes Ederson na cara e por mérito deste, depois de uma grande jogada de Otávio, que correu trinta metros com a bola para oferecer o golo ao seu companheiro de equipa.
O Benfica voltou a fazer da eficácia um trunfo e teve o mérito de, no período mais crítico do jogo, face à enérgica reação do Vitória, uma equipa solidária, que soube sofrer e lutar, quando o Benfica começou a acusar falta de frescura e de discernimento, que não foram minimizadas com a entrada de Salvio para o lugar de Pizzi.
A alteração de Rui Vitória que mexeu no jogo foi a entrada de Raúl Jiménez para o lugar de Mitroglu, com o mexicano fresco, mais uma vez, a ‘agitar as águas’ e a criar dois lances de golo perto do fim, aos 81 e 83 minutos, o segundo levando a bola a embater com estrondo na barra.
O Benfica sentiu grandes dificuldades na primeira parte face ao bloco baixo do Vitória de Guimarães, assente num 5x4x1, com três centrais - Pedro Henrique, Josué Sá e Afonso - com um a marcar Jonas, outro Mitroglu e o terceiro nas sobras, além dos dois laterais a bloquearem as incursões pelais faixas, sobretudo Pizzi no lado direito, já que Gaitán tendia a ‘cair’ para terrenos interiores.
Acresce que o Vitória defendeu sempre com as linhas juntas, sem se desorganizar ou desequilibrar, mesmo na transição ofensiva, e a linha média conseguiu quase sempre exercer pressão sobre o portador da bola do Benfica, causando dificuldades na construção de jogo dos ‘encarnados’.
Para comprovar essas dificuldades basta dizer que o Benfica criou uma oportunidade de golo flagrante durante a primeira parte, aos 37 minutos, noutro lance de bola parada em que Lindelof, na área minhota, tocou de cabeça para o remate de Mitroglou a centímetros do poste.
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