Liga/Balanço: V. Setúbal não venceu últimos 15 jogos e acabou a sofrer

Depois de terem somado 22 pontos na primeira volta do campeonato, a quebra da equipa foi abrupta na segunda volta, com a conquista de apenas oito pontos dos 51 que estiveram em discussão nas últimas 17 jornadas.

Como resultado, a equipa caiu da nona para a 15.ª posição, fechando a temporada com uma série de 15 jogos sem vencer – cinco empates e 10 derrotas -, a pior de qualquer equipas na edição 2015/16 do campeonato.

Com muitas caras novas no plantel, algumas delas oriundas de escalões secundários, e um novo treinador, Quim Machado, que se sagrara campeão da II Liga no Tondela, as expetativas dos dirigentes sadinos passava por melhorar o 14.º posto da temporada transata, obtido sob a liderança de Domingos Paciência e, mais tarde, de Bruno Ribeiro.

Os resultados e as boas exibições dos primeiros jogos fizeram acreditar que a época iria ser mais tranquila. Com apenas três derrotas em 15 jogos - Marítimo, FC Porto e Benfica -, as coisas corriam bem a Quim Machado, instalado no europeu quinto posto,

A situação começou, porém, a alterar-se após a goleada por 6-0 sofrida perante o Sporting, no Bonfim.

A má fase iniciada depois da 16.ª ronda coincidiu com a saída de dois jogadores de referência, em janeiro: o defesa Rúben Semedo foi resgatado pelo Sporting e o avançado Suk, até aí o melhor marcador da equipa, com nove golos, foi contratado pelo FC Porto.

Com a segunda pior defesa da prova, a par do Marítimo, ambos com 61 golos, só atrás do Belenenses (66), e o 11.º melhor ataque (40), o avançado português André Claro, com 12 tentos, foi o goleador-mor da equipa.

Nesse capítulo, além do já mencionado Suk (nove golos) sobressaíram também o avançado Arnold (cinco) e o médio ofensivo Costinha, contratado ao Lusitano de Vildemoinhos, com quatro. Destaque também para o médio André Horta, que, aos 19 anos, vai rumar ao Benfica.

Pela negativa, há a destacar o guarda-redes Diego, de 37 anos. O brasileiro, que regressou a Setúbal três anos depois de ter saído, não foi convocado pelo treinador uma única vez, a maioria por opção e, já na segunda parte da época, devido a lesão.