Liga/Balanço: União da Madeira caiu na última ronda, um ano após o regresso

Um desaire por 2-1 na receção ao Rio Ave, a acabar, condenou os comandados de Norton de Matos, após uma época de altos e baixos, mas em que o União, mesmo com jogos em atraso, foi estando sempre em posição de permanência.

A formação patrocinada pelo Museu CR7 até conseguiu impor a primeira de duas derrotas na prova ao Sporting (1-0, à 14,ª jornada) e ‘empatar’ o Benfica (0-0, à sétima), em dois jogos realizados na Choupana, mas esses feitos não chegaram.

Luís Norton de Matos, de 62 anos, foi o técnico escolhido para liderar uma equipa com muitas alterações relativamente à que com Vitor Oliveira havia subido à I Liga, onde a equipa não marcava presença desde 1994/95.

Mesmo sem nunca se afastar muito dos dois últimos lugares, o União da Madeira foi-se aguentando e parecia ter a manutenção garantida à 32.ª jornada, quando bateu a Académica e ficou com mais cinco pontos do que os ‘estudantes’ e o Tondela.

Faltavam disputar seis pontos, mas o União não conseguiu mais nenhum, enquanto os comandados de Petit venceram os dois encontros e salvaram-se.

A equipa madeirense teve como momentos mais altos a vitória sobre o até então líder invicto Sporting (1-0) e um empate com o Benfica (0-0).

Pela negativa, destaque para nove jogos sem vencer (quatro pontos somados), após uma vitória a abrir (2-1 ao Marítimo), e para nova série sem triunfos (três empates e nove derrotas), entre a 20.ª e a 31.ª, a anteceder o triunfo com os ‘estudantes’ (3-1), que acabou por nada valer.

Norton de Matos apostou desde o início numa equipa sustentada numa defesa segura e num meio campo pouco criativo, mas combativo, onde pontificavam Soares, o único com experiência na I Liga, Gian e Shehu.

No setor recuado, destaque especial para o central Diego Galo, que efetuou todos os minutos da I Liga, seguido de muito perto por Paulo Monteiro e Paulinho, ambos com 33 partidas, e Joãozinho, com 29.

Na baliza, o União da Madeira acabou por ter um problema, já que foi a única equipa a utilizar cinco guarda-redes. O jovem André Moreira, emprestado pelo Atlético de Madrid, disputou 19 jogos e foi o melhor, mas sofreu grave lesão.

Ainda assim, foi no ataque que residiu o principal problema do União da Madeira, sendo o segundo pior ataque da I Liga, com apenas 27 golos, superando apenas o Boavista (24). Nesse particular, assumiram maior protagonismo Danilo Dias, com sete, e Amilton (ex-Varzim), com cinco.