O Fafe empatou hoje sem golos na receção ao Casa Pia, mas garantiu a promoção à Segunda Liga, beneficiando da vitória por 1-0 no primeiro jogo do ‘play off’ de subida.
Esta final a duas mãos ficou decidida em Pina Manique, Lisboa, na semana passada, graças ao remate certeiro de Landinho, na transformação de uma grande penalidade, o que permitiu ao Fafe juntar-se hoje aos festejos de Vizela e Cova da Piedade, equipas que já tinham assegurado a subida à II Liga.
Num estádio em ‘tons’ de amarelo, o Fafe conseguiu gerir a vantagem trazida do jogo da primeira mão, mas não se livrou de um final de jogo de maior risco, com os visitantes, obrigados a vencer, a arriscarem tudo, fazendo até avançar o seu guarda-redes à área contrária.
As duas equipas do Campeonato de Portugal, ambas com uma presença cada no principal escalão (anterior à criação da II Liga), acusaram a pressão do jogo e entraram mais a pensar em não cometer erros do que em fazer golos, o que resultou numa primeira fase do jogo muito disputada a meio campo e longe das balizas.
A exceção foi um lance de Marquinhos, aos sete minutos, mas o extremo do Fafe, desmarcado pela esquerda, perdeu no duelo com o guarda-redes Luís Marreiros.
O Fafe jogava com o resultado do primeiro jogo e, também, não arriscava muito no ataque, mas conseguiu evitar sobressaltos junto à sua área, que era o mais importante, apesar do maior domínio do Casa Pia nos últimos 15 minutos da primeira parte.
No segundo tempo, os forasteiros adiantaram as suas linhas e forçaram mais o ataque, tirando partido da velocidade dos seus avançados, podendo queixar-se da lentidão de Gregório, aos 48 minutos, num lance na área do Fafe salvo pelo defesa Gregório.
Filipe Coelho arriscou tudo neste período e o Casa Pia acabou o jogo com uma frente alargada de cinco elementos, face a um Fafe que foi recuando linhas.
Aos 83 minutos, na sequência de um livre, João Freitas precipitou-se no remate e, em boa posição na área, atirou por cima da baliza dos nortenhos.
Mas, em rigor, o Fafe foi a equipa que mais perto esteve de chegar ao golo, em duas ocasiões, por Alan Junior, um jogador observado presencialmente pelos treinadores do Nacional e do Paços de Ferreira, tendo na última das quais, aos 75, acertado no poste, no lance mais perigoso de todo o encontro.
Assim que soou o apito final, houve invasão pacífica do terreno de jogo, numa festa amarela já anunciada desde a semana passada.