Portugal jogou hoje em Belo Horizonte contra a Argélia já virtualmente apurado para os quartos de final do torneio olímpico do Rio2016 e fez por 'poupar esforços' no empate 1-1 com os magrebinos.
Vindos de duas vitórias e de duas derrotas no Grupo D, respetivamente, Portugal e Argélia já sabiam que qualquer que fosse o resultado isso não ia influenciar muito a classificação, o que acabou por manifestamente se refletir na qualidade do jogo.
Com dois triunfos e um empate, Portugal ganha o agrupamento e agora espera pelo adversário de sábado em Brasília, o segundo do Grupo C, que pode ser o México (campeão em título), a Coreia do Sul ou ainda a Alemanha.
Rui Jorge, depois de ter assegurado a meta de passagem aos ‘quartos’ logo ao segundo jogo, não contou hoje com Tobias Figueiredo e Sérgio Oliveira, suspensos por um jogo, e decidiu 'poupar' Fernando Fonseca, André Martins, Bruno Fernandes e Salvador Agra.
Com o decorrer do jogo, começou nas substituições por tirar Ricardo Esgaio, já advertido, que assim também não arriscou a presença nos 'quartos'.
Em contrapartida, premiou Pité com a titularidade, após ter sido suplente utilizado com rendimento bem positivo, colocando também em campo Ilori, Francisco Ramos, Paulo Henrique, Tiago Silva e Carlos Mané.
Para Belo Horizonte nem sequer foram todos os jogadores - o banco de suplentes esteve com cinco, uma situação que curiosamente até foi suplantada pela Argélia, com dois suplentes e só uma troca no jogo.
A formação das 'quinas' começou melhor e justificou a vantagem, mas depois o empate argelino também foi perfeitamente justo, com um excelente golo, antes de uma segunda parte mais do que entediante, com ambas as formações a cumprirem pura e simplesmente calendário.
Portugal teve mais posse de bola (59%), enquanto a Argélia acabou por ser um pouco mais incisiva nos ataques (5-0) em remates à baliza, sendo manifesto em ambos que faltava grandes motivação neste jogo em Belo Horizonte.
Valeu aos 'lusos', no evitar a derrota, as boas intervenções do guarda-redes Bruno Varela e o erro de avaliação do árbitro norte-americano (que apita habitualmente no campeonato neozelandês), que assinalou mal a grande penalidade que Gonçalo Paciência converteu.
O guarda-redes Methazem acabou por entrar em contacto com Carlos Mané, na defesa de uma lance de perigo, e o português caiu no relvado, com o árbitro a apitar para penálti.
Gonçalo Paciência, que tinha servido Mané para a jogada da alegada falta, marcou o castigo, e assim 'fatura' em três jogos consecutivos dos Jogos Olímpicos - iguala Vítor Silva na campanha de 1928 - e em sete em todas as provas.
Com justiça, a Argélia empatou volvidos cinco minutos, aos 30, numa execução magnífica de Benkablia.
O argelino desembaraçou-se da pressão de Tiago Ilori e depois rematou em arco sobre Bruno Varela, fora do alcance do guarda-redes português.
A Argélia, motivada, ainda apoquentou mais algumas vezes a baliza portuguesa, sem sucesso.
Na segunda parte, enquanto os magrebinos, cansados e sem 'banco' desmoralizavam, Portugal refrescou bem a equipa, com Salvador Agra e André Martins, numa perspetiva de contenção, o que foi bem-sucedido.
Confira aqui tudo sobre a competição.
Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.