Crónica: Paços Ferreira e Estoril-Praia 'repartem' pontos num jogo fraco

A 'divisão' de pontos premeia a coesão defensiva do Estoril, consubstanciada numa exibição irrepreensível do guarda-redes Moreira, por duas vezes a negar o golo que parecia certo aos locais, e castiga o Paços de Ferreira, que apenas ‘acordou’ para o jogo na segunda parte.

Bruno Santos e Ivo Rodrigues jogaram de início no Paços de Ferreira, em substituição de João Góis e de Barnes, titulares na derrota em Guimarães (5-3), na última jornada.

João Afonso, por sua vez, estreou-se no Estoril-Praia, num ‘onze’ que incluiu ainda Tocantins, Mattheus Índio e Kléber, por troca com Filipe Augusto, Bazelyuk, Thiago Cardoso e Anderson Esiti, comparativamente ao jogo diante do Sporting de Braga (derrota por 3-1).

Paços e Estoril perseguiam a primeira vitória, mas fizeram pouco por isso, mormente na primeira parte, com responsabilidades acrescidas para os nortenhos, a jogar como visitados e, no entanto, demasiado apáticos e mais reativos, permitindo até algum controlo de jogo à formação ‘canarinha’.

Os assobios que se ouviram com regularidade nas bancadas espelhavam o jogo sofrível, de parte a parte, salteado, a espaços, pela qualidade no jogo aéreo de Kléber, o único jogador do Estoril a dar trabalho à defesa pacense e que acabou por sair lesionado.

O técnico pacense trocou ao intervalo Leandro e André Leal por Ricardo Valente, em estreia absoluta, e Cícero e a equipa passou a assumir o jogo, numa vertigem ofensiva que chegou a encostar o Estoril-Praia ao seu meio campo.

O 4-4-2 declarado dos pacenses, que em ataque se transformava frequentemente em 4-2-4, quase dava resultados, mas Moreira, em grande plano, negou sempre os intentos dos locais, em especial aos 68 e 79 minutos.

No primeiro lance, Mateus aproveitou a simulação de Welthon para ganhar posição sobre a direita e rematar, mas a bola ‘morreu’ por baixo do corpo de Moreira, que, depois, com uma defesa de recurso, impediu os festejos de Cícero.

A disposição ofensiva dos locais abria espaços, num convite ao contra-ataque do Estoril, e, aos 80 minutos, Lucas Farias correu pela direita e serviu Bruno Gomes, nas costas de Ricardo, mas o golo do avançado brasileiro seria anulado por alegada posição irregular, num lance muito contestado pelos responsáveis do Estoril.

Após este empate, o Paços de Ferreira soma agora dois pontos, mais um do que o Estoril, continuando as duas equipas nos últimos lugares da classificação.