Taça de Portugal: Torreense - Nacional (declarações)

Rui Narciso (treinador do Torreense): “Os jogadores foram enormes, verdadeiros heróis, como têm sido ao longo destas eliminatórias e destes 10 jogos do campeonato.

Sabíamos que o Nacional tinha armas diferentes das nossas. Ainda assim, nunca quisemos defender com o bloco baixo, mantivemos um bloco médio alto, no intuito de roubar bolas e explorar as costas do adversário. Com isto, criámos algum perigo.

Nestas competições, estas equipas vão buscar motivação extra e não se sentiu grande diferença entre as equipas. Preocupámo-nos em não sofrer nenhum golo nos 15 ou 20 minutos iniciais, porque isso iria dar-nos-ia mais confiança.

Ao intervalo já estava orgulhoso dos meus jogadores. Não mudei nada, apenas lhes pedi para manterem o nível exibido, porque iríamos ser felizes durante os 90 minutos.

Na próxima eliminatória, só quero que o jogo seja aqui no (campo) Manuel Marques. Sou de Torres Vedras e lembro-me de ver o clube na I Liga e da força que tinha. Se recebermos um clube ‘grande’, seja Benfica, Sporting ou Braga, o estádio vai ter muita gente.

Acredito muito no trabalho do Pedro (Bonifácio). Não seria por ele falhar uma grande penalidade que eu ficaria triste com ele. Continuei a acreditar que poderíamos eliminar o Nacional e ele soube manter a calma e ajudou-nos.

Chegar ao Jamor é uma utopia. É necessário que haja uma conjugação de fatores muito grande para lá chegarmos. Vamos tentar ultrapassar o adversário na próxima eliminatória”.

Manuel Machado (treinador do Nacional): "Antes de mais, quero dar os parabéns ao Torreense.

Tinha dito que a Taça de Portugal é fértil nestas situações e que a diferença de uma equipa de um escalão superior e outra de um escalão inferior acaba por diluir-se pela motivação das equipas mais pequenas, pelo terreno de jogo, que tem menos condições e que limita, e isso hoje notou-se. Fomos obrigados a jogar de forma muito direta.

A equipa foi séria, bateu-se com as condições que tinha. Não foi por qualquer relaxamento que as coisas acabaram desta forma.

O jogo desequilibra-se pela ação disciplinar do árbitro, mas não vou julgá-la. A perda de um jogador (Sequeira) permitiu que o Torreense crescesse um pouco e mais se acentuou com a expulsão do Victor Garcia.

Que o Torreense tenha uma longa estrada.

Os dois amarelos ao Sequeira são passíveis de ser aplicados. Quanto ao vermelho (a Victor Garcia), há ali um contato, mas pode ser considerado um exagero. No entanto, não foi por aí que as coisas se decidiram. Não foi o fator que determinou a vitória do adversário”.