Moreirense e Setúbal surpreendem, Benfica imaculado, Braga no fim

Numa prova feita à ‘medida’ dos mais fortes, os quatro primeiros classificados do último campeonato chegaram todos à última ronda da fase de grupos com hipóteses de seguir em frente, mas, a jogar fora, só metade logrou a qualificação.

O Benfica, que necessitava de pontuar frente ao Vitória de Guimarães, venceu por 2-0 e o Sporting de Braga, obrigado a ganhar ao Marítimo, seguiu em frente (1-0) graças a um golo de Velázquez, aos 90+4 minutos.

O mesmo minuto ditou o adeus do Sporting, que tinha de empatar com o Vitória de Setúbal e caiu por 2-1, por culpa de um penálti de Edinho, enquanto o FC Porto, ao qual só o triunfo servia, perdeu por 1-0 com o Moreirense, apurado com um tento de Francisco Geraldes, aos 49 minutos.

Os quatro apuramentos foram selados na última ronda, mas os semi-finalistas cumpriram percursos bem distintos, com o Benfica a destacar-se, ao somar três vitórias em três jogos, com sete golos marcados e nenhum sofrido.

Na Luz, os ‘encarnados’ ganharam ao Paços de Ferreira por 1-0 e golearam o ‘secundário’ Vizela por 4-0, para, no jogo decisivo, perante um Vitória de Guimarães obrigado a vencer, triunfarem no D. Afonso Henriques por 2-0.

O Sporting de Braga também só entrou na terceira fase, na fase de grupos, e a estreia quase acabou com as aspirações dos minhotos, que perderam em casa por 2-1 com o Rio Ave.

Uma goleada caseira por 4-0 ao ‘secundário’ Sporting da Covilhã - que havia afastado os ‘arsenalistas’ da Taça de Portugal -, junto ao desaire do Rio Ave nos Barreiros, recolocou, porém, o ‘onze’ de Jorge Simão na corrida.

Na última ronda, os bracarenses tinham de bater o Marítimo, que também só se apurava vencendo, e conseguiram-no, aos 90+4 minutos, por Velázquez, numa altura em que os insulares tinham o central Maurício na baliza. Este golo eliminou o Rio Ave.

Quanto aos ‘outsiders’, o Moreirense chega à ‘final four’ com três triunfos e um empate, num percurso iniciado na segunda fase, com uma vitória caseira por 1-0 sobre o Estoril-Praia, ainda sob o comando de Pepa, agora no Tondela.

Na terceira fase, já com Augusto Inácio à frente da equipa, o conjunto de Moreira de Cónegos venceu o seu único jogo fora, perante o Feirense (2-1), para, após uma recuperação de dois golos (1-3 para 3-3), empatar com o Belenenses.

A vitória nesse jogo teria selado o apuramento, mas ele acabou por aparecer na terceira ronda: bastava empatar frente ao FC Porto, mas a equipa da casa fez melhor, vencendo por 1-0 uns forasteiros que acabaram reduzidos a nove.

O trajeto do Vitória de Setúbal foi quase idêntico, a começar por um triunfo caseiro na segunda fase, face ao Santa Clara, da II Liga, por 2-0.

Na fase de grupos, os sadinos estrearam-se com um desaire, no único jogo fora, face ao ‘secundário’ Varzim, que venceu com um golo de Jeferson, aos 90+3 minutos.

Os sadinos mantiveram-se na corrida com um triunfo por 1-0 sobre o Arouca na segunda ronda e, na terceira, obrigados a vencer o Sporting, conseguiram-no na última jogada, com um penálti de Edinho, muito contestado pelos ‘leões’.

Antes, o Vitória de Setúbal, que só se superiorizou aos ‘leões’ devido à menor média de idades dos jogadores que apresentou na terceira fase, adiantou-se por Frederico Venâncio, mas Elias restabeleceu a igualdade.