loading

Scolari avisa que transferências milionárias para a China vão abrandar

O treinador brasileiro dos chineses do Guangzhou Evergrande, Luiz Felipe Scolari, assegura que as atuais transferências milionárias de futebolistas para a China vão começar a diminuir de forma acentuada nos próximos anos.

Scolari avisa que transferências milionárias para a China vão abrandar

O antigo selecionador de Portugal e Brasil adianta, em entrevista à Lusa, que o atual modelo de contratações de ‘estrelas' internacionais com salários astronómicos é uma circunstância necessária para o desenvolvimento e expansão do futebol na China, mas que não será uma tendência para o futuro.

"Os clubes europeus estão a fazer as suas vendas por valores exorbitantes e cada um pede o que quer e cada um paga o que quer. Mas essa não deverá ser a tónica. É a tónica neste momento para o desenvolvimento, mas no próximo ano ou dentro de dois anos não deveremos ver mais essas transferências", afirma.

De acordo com Luiz Felipe Scolari, a federação chinesa está a estabelecer condições para "o envolvimento dos clubes nas categorias de base" do futebol de formação, algo que ainda não existe a nível nacional.

"Se os campeonatos dos jovens começarem a ser disputados, acho que em 10 anos a China começa a igualar as duas potências da Ásia: Coreia e Japão", afirmou.

Já sobre os planos dos governantes chineses para a sua seleção atingir o topo do futebol mundial dentro de duas a três décadas, o técnico dos campeões chineses sublinha, somente, que "o potencial humano existe", uma vez que a "China ainda está a começar a sua evolução" no futebol.

Prestes a completar 35 anos de carreira como treinador, Scolari assegura ter ainda muita motivação para continuar e não pensa na reforma.

"O que mais me motiva a continuar é a forma como a minha equipa trabalha bem e sermos campeões. Trabalhar na China não é uma aventura", explica.

Aliás, o técnico brasileiro, de 68 anos, confessa a sua vontade de deixar uma marca na história do futebol chinês: "Pode ser que a gente consiga até fazer parte de uma história futebolística daqui a muitos anos e ser lembrado como o início de uma possibilidade que a China está a começar".

No regresso ao campeonato chinês, que arranca no próximo mês de fevereiro e no qual defende o título de campeão, Luiz Felipe Scolari vai medir forças com dois treinadores portugueses: André Villas-Boas, no Shanghai SIPG, e Jaime Pacheco, no Tianjin Teda. Perante essa competição, o técnico brasileiro espera poder estreitar as relações de amizade.

"Tive muito pouco contacto com André Villas Boas. Com o Jaime há já um contacto muito maior, ainda dos tempos em que trabalhámos em Portugal. Portanto, vai ser uma alegria encontrá-los e, quem sabe, começar a ter uma amizade tão boa com o André como a que já tenho com o Jaime", conclui.

Confira aqui tudo sobre a competição.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Roger Schmidt tem condições para continuar no Benfica?