Em entrevista à revista 'GQ', o técnico português José Mourinho, mais conhecido por 'special one', admitiu hoje ter recusado uma proposta aliciante de um clube chinês, mas não referiu qual.
«Já recusei uma grande oferta para ir para a China, mas não critico quem decide ir», explicou Mourinho, técnico de 54 anos, depois de na última semana ter sido notícia que o avançado dos 'Red Devils', Rooney, é alvo do interesse de vários emblemas chineses.
A possível transferência do avançado inglês, que é o melhor marcador de sempre no Manchester United, tem sido noticiada, com a imprensa a avançar que o jogador poderia vir a receber 61 milhões de euros por ano, tornando-se desta forma, o jogador mais bem pago do mundo.
Na semana transata, Mourinho disse não saber de nada e que o futuro pertencia a Wayne Rooney, mas referiu que não tem uma posição crítica em relação às transferências para o campeonato chinês.
«Penso que é escolha dos jogadores. Só eles podem decidir o que precisam para o futuro. Outros treinadores na Liga inglesa têm sido críticos, mas eu não critico», justificou o 'special one'.
Treinadores como Luiz Felipe Scolari e Sven-Goran Eriksson, são exemplos de técnicos de um enorme sucesso profissional que, decidiram rumar ao futebol chinês.
Nos últimos tempos, chegaram à China jogadores de renome Mundial, como são os casos do argentino Carlos Tévez, para o Shanghai Shenhua, ou o brasileiro Óscar, para o Shanghai SIPG.
Mourinho disse que a sua preocupação é o facto de na China oferecerem salários impossíveis de por em prática na Europa.
«Se estamos a negociar um novo contrato com um dos nossos jogadores e oferecemos-lhe cinco milhões de libras ao ano, mas eles recebem uma proposta de 25 milhões de libras por época, então aí temos um problema», referiu.
O treinador chegou ao ponto de dividir a questão entre os jogadores que recebem os cinco milhões, que diz preferirem o futebol, e os que recebem os 25 milhões, mas optam pelo dinheiro.
«Preocupa-me porque eles podem oferecer contratos impossíveis de igualar na Europa. No final de tudo, o jogador que prefere ir é aquele que nós não vamos querer manter», finalizou o técnico dos 'Red Devils'.