Primeira Liga: Tondela – Feirense (declarações)

Pepa (treinador do Tondela): "Não vejo que tenha sido um desastre [a segunda parte]. Houve mérito do Feirense. Agora a primeira parte é que foi muito positiva da nossa parte, com variações de jogo muito positivas, com bola, com oportunidades e a não deixar o Feirense sair, com forte reação à perda e várias oportunidades de golo, onde podíamos e deveríamos ter feito o golo. Isso é completamente diferente de estar assumir as despesas do jogo ou jogar no erro. Obrigámos o Feirense a errar, a ‘esticar’.

Na segunda parte, mérito do Feirense. Cresceu, mas acima de tudo também alguma ansiedade por não conseguirmos fazer o golo e não entrámos tão bem. Depois, com alguns contra-ataques e transições por parte do Feirense, colocou-nos em sentido. Acabámos por ser penalizados com uma grande penalidade, que nos deixou já sem tempo para reagir.

[Sobre a grande penalidade] É um lance dividido, o Rafa [Rafael Amorim] tenta cortar a bola, fica com a perna atrás, mas a verdade é que toca na bola. São decisões, é complicado e estamos longe. Já vimos as imagens, mas não nos podemos agarrar ao árbitro ou a esse tipo de decisões. Nós é que temos de fazer golo e tivemos muitas oportunidades para isso.

A derrota é um ‘soco no estômago’. Vínhamos de dois jogos sem sofrer golos e depois de uma primeira parte muito boa, longe de nós pensarmos sequer empatar e a verdade é que acabámos por perder o jogo. A distância ficou maior como é óbvio, mas temos de olhar para nós, pontuarmos e fazer pela nossa vida".

Nuno Manta Santos (treinador do Feirense): "Planeámos esta semana de trabalho sabendo que na primeira parte teríamos de jogar de uma determinada maneira e depois, na segunda parte, a partir dos 60 minutos, poderíamos e devíamos jogar de outra maneira. Era importante chegar ao intervalo com um resultado positivo para depois, na segunda parte, e com as alterações que estavam previstas, serem feitas, conforme esse resultado positivo. Sabíamos que podíamos criar mais situações de finalização e possivelmente até chegar ao golo da vitória. Foi o que aconteceu, por isso, não foram só as alterações do banco, mas com o trabalho semanal de toda a equipa que conseguimos isto.

São três pontos. Em termos matemáticos não está nada garantido, ainda há muito trabalho pela frente. Foi um passo grande, mas ainda não é o que a gente pretende. Ainda falta.

Se tivermos em conta os resultados, claro que está [a passar melhor momento da época]. Temos sofrido poucos golos, melhorámos muito a nossa organização defensiva, estamos mais fortes na transição e compactos a jogar, mais solidários. Temos mais equipa, digamos assim, e isso deve-se ao trabalho dos jogadores e de todos os que estão empenhados em garantir o objetivo do clube que é a permanência".