O treinador do Borussia de Dortmund, Thomas Tuchel, considerou hoje que a detenção de um suspeito vai ajudar os seus futebolistas a superar o trauma do atentado de 11 de abril.
«Estou convencido que para todos nós, que fomos atingidos diretamente, é muito importante haver uma explicação. Se os motivos forem esclarecidos, isso vai ajudar-nos muito a superar», disse o técnico durante a conferência de imprensa de lançamento do jogo da próxima jornada da liga alemã diante do Borussia Moenchengladbach.
A polícia alemã anunciou na manhã de hoje ter detido um homem suspeito de ter tentado dizimar a equipa germânica para poder especular a queda das ações na bolsa.
«Para mim, é impossível compreender, emocionalmente ou racionalmente, que se possa fazer uma coisa assim», prosseguiu o técnico, acrescentando que os próximos jogos da sua equipa serão 'entre parênteses', até porque diz não se sentir capaz de exigir aos seus jogadores o mesmo nível que vinham patenteando.
Tuchel refere ainda que agora pretende encontrar um equilíbrio justo entra a exigência competitiva e o direito de respeitar os jogadores.
«O meu trabalho é encontrar um equilíbrio. Somos desportistas de alto nível, não precisamos de desculpas ou de álibis, mas esta situação é excecional», disse.
As medidas de segurança em redor da equipa, que para o técnico são compreensíveis, causam, no entanto, um sentimento de angústia: «Ver os policiais à nossa volta, fortemente armados, faz-nos sentir que a situação não é normal».
Entretanto, Hans-Joachim Watzke, diretor-executivo do clube, anunciou hoje que o Borussia está em vias de criar uma unidade de proteção aos seus jogadores.
«Efetuei nos últimos dias algumas entrevistas a especialistas em segurança, alguns ex-membros do GSG9 (unidade de elite da polícia) e do BKA (polícia criminal federal)», disse o patrão do Borussia Dortmund, acrescentando que o clube vai gastar muito dinheiro no reforço da segurança da equipa.
O Borussia de Dortmund foi vítima, em 11 de abril, de um atentado quando se encaminhava para o estádio para defrontar o Mónaco, na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões.
Na ocasião, explodiram três engenhos, tendo resultado feridos o defesa espanhol Marc Bartra e um policia que fazia escolta à equipa.
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