Manuel Cajuda e a saída de Portugal: «Quem está mal, muda-se»

«Quero destacar o trabalho dos jogadores e dos colaboradores. Estou a liderar um projeto muito interessante, de um clube que tem três anos, que tem uma aposta de chegar à Super Liga Chinesa o mais rápido possível», começou por referir Cajuda, em entrevista ao site 'Desporto ao Minuto', antes de explicar as razões de ter assinado pelo emblema chinês.

«O presidente conhecia a minha história no Sporting de Braga e a recuperação que fiz ao serviço do Vitória de Guimarães. Apresentaram-me um projeto bonito, com uma boa ideia e as coisas estão a correr muito bem», revela.

Manuel Cajuda teve a sua última experiência em Portugal na época 2012/2013, quando da sua passagem pelo Olhanense, mas já tinha trabalhado no estrangeiro, depois de sair do Guimarães. Deixar o seu país foi uma decisão sua e deveu-se principalmente a uma realidade que já não agradava o técnico português.

«Estou fora de Portugal, mas não por estar contra o futebol português, a que estou completamente grato. Decidi não continuar no futebol português até porque já vislumbrava algumas coisas das quais não gostava. E como quem está mal, muda-se…», comenta.

Quanto a um regresso ao futebol português, Manuel Cajuda mostra-se reticente mas não garante que 'nunca diz nunca'.

«Não vivo de frustrações. Tive momentos em que podia ter treinado um clube grande português a qualquer altura. Uma vez tive um convite do Benfica, mas não era este Benfica, com esta realidade. Não tive interesse em ir. Eu entendi que não era bom para mim», revelou o experiente treinador luso.

«Quando tive estas oportunidades, eram clubes grandes mas atravessavam fases menos boas. Tive colegas que, nessas alturas, foram tratados de formas miseráveis nos clubes grandes. Tiraram umas fotografias, tiveram lá 3 ou 4 meses e foram postos na rua. Eu tirei fotografias em clubes como o Sporting de Braga e o Vitória de Guimarães», finalizou Manuel Cajuda.