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Mata lembra última conversa com o avô: «A voz dele estava fraca...»

Apesar da época te corrido de feição ao Manchester United, com três títulos conquistados, Juan Mata não esconde que existiram motivos que não o deixaram desfrutar na totalidade das conquistas. O espanhol lembrou a morte do avô, em fevereiro e confessou de que forma se sentiu confortado pelos adeptos dos red devils.

Mata lembra última conversa com o avô: «A voz dele estava fraca...»

Momentos antes de falar sobre a difícil perda na sua vida, o internacional espanhol falou sobre o momento em que decidiu trocar o Chelsea pelo Manchester United.

«Eu ligo muito às relações. No futebol, isso pode ser complicado. Quando deixei o Chelsea para ir para o Manchester United, eu continuei a preocupar-me com o clube. Eu queria ter a certeza que eles recebiam uma quantia apropriada e queria manter a minha conexão com as pessoas de Londres. E espero tê-lo conseguido», começou por escrever Juan Mata, no site 'The Players Tribune'.

«Aprendi rapidamente o que significa o United. Na minha segunda época aqui, marquei um golo com um pontapé de bicicleta contra o Liverpool, e hoje, é quase sempre a primeira coisa que as pessoas falam comigo. Eu venho de uma cidade pequena em Espanha, onde talvez pouco mais de cem pessoas viam os meus golos, mas agora marco golos que as pessoas veem seja em Oviedo ou Los Angeles. Ou em Beijing ou Melbourne. A família do United é mundial e quase todos os dias me lembro da capacidade do futebol em unir as pessoas», acrescentou.

No que diz respeito à morte do avô, Mata garante que se recorda a última conversa que manteve com ele e de que forma se sentiu apoiado nos dias seguintes pelos colegas e adeptos do United.

«O meu amor pelos adeptos do United cresce a cada ano. Mas em fevereiro, eu precisei da ajuda das pessoas de Manchester. O meu avô estava muito doente. Lembro-me de fazer uma vídeo chamada com ele e eu estava no autocarro depois de termos derrotado o Saint-Etiénne, num jogo da Liga Europa. A voz dele estava fraca… poderia dizer que ele estava a lutar. As palavras surgiam lentamente, mas ele disse-me que a minha assistência para o Henrikh Mkhitaryan durante o jogo tinha sido boa», revelou.

«Provavelmente, foi a assistência mais especial da minha vida. Porque foi a última que o meu avô viu. Poucos dias depois, ele faleceu. Sabem quando algo de importante na vida acontece e lembram-se exatamente onde estavam? Recordo-me de tudo sobre o jogo e da viagem de autocarro para casa. Espero que quando voltar a ver o meu avô possamos voltar a falar acerca disso. Viajei para Espanha para ir ao funeral dele pouco tempo depois. Quando voltei a Manchester e liguei o meu telemóvel, vi todas as mensagens dos adeptos do United nas redes sociais. Gostaria de ter podido abraçar todos aqueles que tentaram entrar em contacto comigo», confessou Mata, antes de terminar.

«Ganhámos o jogo a seguir que jogámos, numa Taça contra o Southampton. Mas depois disso, senti um pouco… de vazio. Não tinha o meu avô para partilhar a vitória com ele. Uma das coisas que no futebol, e na vida, eu tenho mais orgulho é o de poder partilhar os melhores momentos com a minha família. Mas agora, eu estou desesperado para falar com o meu avô. E não posso. Ao invés disso, comecei a refletir», finalizou o internacional espanhol.

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