Um golo de André Silva, no início da segunda parte, valeu hoje a Portugal o triunfo sobre a Hungria, por 1-0, que manteve a seleção nacional na luta pelo apuramento direto para o Mundial2018 de futebol.
Na Arena Groupama, em Budapeste, Cristiano Ronaldo ficou pela primeira vez em ‘branco’ na fase de qualificação, mas assistiu o avançado do AC Milan, aos 48 minutos, no lance que garantiu a sétima vitória seguida à equipa de Fernando Santos.
Nessa altura, Portugal já atuava com mais uma unidade devido à expulsão de Priskin, aos 30 minutos, por agressão a Pepe.
O golo do jovem avançado luso foi determinante, numa partida em que a seleção nacional devia ter aproveitado melhor a vantagem numérica e resolvido o embate antes do apito final do árbitro.
Por essa razão, a Hungria acreditou até ao fim e podia ter chegado ao empate no último lance da partida, com Fiola a atirar fraco à figura de Rui Patrício, quando tinha todas as condições para marcar.
A terceira vitória em tantas presenças em Budapeste assegurou o segundo lugar do Grupo B a Portugal e o ‘play-off', e mantém a seleção lusa na perseguição à Suíça. Os helvéticos seguraram a liderança, como três pontos de vantagem, ao vencerem na Letónia, por 3-0.
O jogo de Budapeste ficou também marcado pelo regresso, dois anos depois, de Fábio Coentrão à titularidade na seleção nacional: durou, porém, apenas 28 minutos, já que o agora jogador do Sporting saiu lesionado, dando lugar a Eliseu.
Até esse momento, Portugal estava dominador na partida e podia estar em vantagem, com Ronaldo a protagonizar duas boas oportunidades. Na primeira, com um remate de fora da área, deixou a arder as mãos do guarda-redes Gulacsi.
A lesão de Coentrão parecia dificultar os planos de Fernando Santos, mas o jogo subitamente ficou mais fácil para o lado luso quando Priskin agrediu Pepe com uma cotovelada, que deixou o central a sangrar da cabeça. O avançado viu o vermelho direto.
Os magiares aceitaram mal a decisão do árbitro e subiram a agressividade no jogo, com várias entradas fora de tempo e com alguma violência à mistura.
Mesmo assim, com a Arena Groupama a ‘arder', Portugal devia ter chegado ao intervalo a ganhar, mas André Silva, com tudo para fazer o golo, atirou à figura do guarda-redes rival.
Os ânimos acalmaram na segunda parte e, logo aos 48 minutos, André Silva redimiu-se e colocou Portugal em vantagem. Ronaldo cruzou da esquerda e o avançado só teve que encostar para as redes.
O tento deixou a seleção portuguesa com excesso de confiança e a Hungria quase aproveitou para empatar, com Patkai, já dentro da área, a atirar ao lado, num lance com muitas culpas para a dupla de centrais.
Para reforçar a posse de bola, Fernando Santos lançou Bernardo Silva para o lugar de Gelson Martins e realmente passou a ter maior domínio, mas perdeu poder de rutura na defensiva contrária.
Por isso mesmo, só aos 83 minutos é que Portugal voltou a estar perto do golo, com Ronaldo a atirar por cima, em boa posição na área. Foi a única oportunidade que a seleção criou depois do tento de André Silva.
A um golo do empate, a Hungria acreditou e podia mesmo ter estragado a noite aos campeões europeus. Já nos descontos, num livre a meio do meio campo, despejou a bola na área portuguesa, com o guarda-redes a ajudar o ataque, e Fiola cabeceou para as mãos de Patrício, quando tinha tudo para fazer o empate.