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Adepto russo suspeito de violência no Euro2016 é detido em Munique

Um adepto russo foi hoje detido em Munique por suspeitas de ter agredido violentamente um adepto britânico em Marselha, França, na altura em que decorria o Euro2016.

Adepto russo suspeito de violência no Euro2016 é detido em Munique

O homem de 31 anos, alvo de mandato de prisão internacional emitido em França, foi detido enquanto viajava de Moscovo para Bilbau, Espanha, para assistir a um jogo de futebol.

Enfrenta agora um processo que poderá ir até 15 anos de prisão, por tentativa de homicídio e lesões graves, segundo as autoridades alemãs.

“Protestamos fortemente contra a detenção e entrega a um terceiro país de um cidadão russo que não cometeu qualquer crime em território alemão”, disse hoje a porta-voz da embaixada da Rússia em Berlim, Denis Mikerine, através da rede social Facebook.

Mikerine explicou ainda que a Rússia vê o caso “como uma possível desculpa para exacerbar e politizar o tema do ‘hooliganismo’ no futebol antes do Mundial2018”, que se disputará durante o verão em solo russo.

A entrega do suspeito às autoridades francesas deve acontecer “em duas semanas”, apontou o porta-voz do Ministério Público em Munique, Joachim Ettenhofer, ainda que esse período possa ser mais longo em caso de apelo da Rússia.

O suspeito foi identificado em 2017, ano em que foi emitido o mandado internacional, e é agora o alvo de uma campanha de solidariedade por parte de adeptos russos nas redes sociais, através das quais têm procurado juntar dinheiro para pagar o advogado de “Pavel”, nome que deram ao suspeito.

A justiça francesa quer julgar o russo por ter agredido com uma barra de ferro Andrew Brache, inglês de 51 anos, em 11 de junho de 2016, à margem do Inglaterra-Rússia, deixando-o com várias lesões cerebrais e ossos partidos.

O caso reporta à ‘perseguição inglesa’, termo da polícia francesa, em que ‘hooligans’ russos se envolveram em dezenas de confrontos com ingleses durante o Euro2016, que Portugal venceu, e surge num momento em que têm sido promulgadas várias leis na Rússia para minimizar problemas durante o campeonato do mundo.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, tinha condenado os ataques no Euro2016, ainda que tenha ironizado sobre “os 200 russos que venceram milhares de ingleses”, e o país tem sofrido por imensos casos de ‘hooliganismo’ a quatro meses do arranque do Mundial2018.

Entre as medidas tomadas estão leis que podem proibir a entrada no país a ‘hooligans’ estrangeiros e líderes de grupos violentos, e um passaporte de adepto que permite identificar todas as pessoas que entrem nos estádios.

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